Em dezembro passado, as vendas registaram uma queda homóloga de 19,3%, para 2,22 milhões de unidades, no sétimo mês consecutivo de queda homóloga, segundo o jornal oficial em língua inglesa China Daily.

"A situação é mais grave do que imaginávamos", afirmou o presidente da Associação da China para Automóveis de Passageiros, Cui Dongshu, citado pelo jornal.

Cui considerou que a desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa, o aumento dos preços da habitação e as perdas nas praças financeiras do país "minaram a confiança dos clientes".

Entre as marcas mais afetadas constam a General Motors (queda homóloga de 9,9%) ou do maior fabricante de automóveis da China, o SAIC Motor (um aumento homólogo de 1,75%, depois de ter crescido 6,8%, em 2017).

A construtora chinesa Geely aumentou as suas vendas em 20%, face a 2017, ficando 5% aquém da sua meta oficial.

Mas Cui Dongshu acredita que o mercado, depois de "bater no fundo", vai voltar a crescer, este ano, graças à redução das taxas alfandegárias sobre veículos importados dos Estados Unidos e os esforços dos fabricantes chineses para reduzir inventário, a partir do segundo semestre do ano passado.

"Haverá um crescimento positivo, de pelo menos 1%, em 2019", considerou o responsável, afirmando que "o Governo está a estudar oferecer novos incentivos à compra de veículos".

No terceiro trimestre de 2018, a economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,5%, o ritmo mais baixo dos últimos dez anos.

E, no mês passado, a atividade da indústria manufatureira da China contraiu-se pela primeira vez em 19 meses, enquanto em novembro, os lucros da indústria na China registaram a primeira queda homóloga, de 1,8%, desde dezembro de 2015, e as vendas a retalho, o principal indicador do consumo privado, recuaram para 8,1%, o ritmo mais lento desde maio de 2003.

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