O primeiro Congresso Internacional do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau terminou com um apelo para a criação de bibliotecas no país africano, onde nem nas universidades existe esta oferta para estudo.

“Os responsáveis máximos têm que pensar nisso. Para este professor, não é possível falar num país desenvolvido sem a base da educação e tem que ter bibliotecas”, considerou director da Escola Superior de Educação- Unidade Tchico Té, a promotora e anfitriã do congresso, Ibraima Djaló.

Segundo Ibraima Djaló, a própria unidade Tchico Té, que ministra uma licenciatura e iniciará, em Setembro em língua portuguesa, não tem biblioteca. Naquele estabelecimento existe apenas o espaço do Instituto Camões, inaugurado há mais de 20 anos, para os estudantes aproveitarem.

“Mas e as outras especialidades? Não têm. É bom que seja encarado como um objetivo do país, se pensamos em desenvolvimento tem que se pensar naquilo que é base, a educação com materiais didáticos, bibliotecas em todas as escolas públicas”, defendeu.

O director da Escola Superior de Educação- Unidade Tchico Té disse que, os poucos espaços que existem com esta designação não são bibliotecas, são “uma sala com livros”.

“Uma biblioteca pública faz falta no país”, sublinhou, lançado o repto aos governantes para pensarem nisso.

Nas conclusões do congresso, que juntou durante três dias em Bissau académicos e especialistas de vários países lusófonos, diz a Lusa, ressalta a constatação de que a Guiné-Bissau não tem uma única biblioteca pública. Os três dias de congresso da língua portuguesa serviram para interação e debate académico e salientaram as lacunas no ensino.