O bastonário da Ordem do Médicos de Moçambique, Gilberto Manhiça, defendeu esta Quinta-feira, 29, a retoma dos estágios em formação especializada de médicos moçambicanos em Portugal.

Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos de Moçambique, estas prática tem sido “abandonada”, e o reforço da cooperação entre países de língua portuguesa.

“O que se vai fazer é formalização e intensificação da cooperação porque já em tempos idos, médicos moçambicanos faziam estágio na sua formação especializada em Portugal e essa prática ficou abandonada durante algum tempo, mas acredito que nós vamos retomar”, disse Gilberto Manhiça.

À margem do XII Congresso da Comunidade Médica de Língua Portuguesa e do II Congresso Internacional da Ordem dos Médicos de Moçambique (OrMM), que decorre até Sexta-feira, 30, em Maputo, o bastonário manifestou interesse em retomar e reforçar também a formação de médicos entre os países de língua portuguesa, uma cooperação que possibilitaria explorar outros espaços, além de Portugal, e “elevar a quantidade de especialistas” e a “qualidade dos mesmos”.

“Estamos a trabalhar, como Ordem, para criar um espaço para que haja participação dos médicos especialistas e residentes nos congressos internacionais, algo que agora é feito em termos individuais. Queremos institucionalizar esta prática e encontrar parceiros que nos possam auxiliar para nós expedirmos os nossos especialistas para esta prática e com isso mantermos os nossos médicos actualizados”, referiu Gilberto Manhiça.

O responsável, diz a Lusa, apontou ainda a “devida identificação” dos membros e eliminação da “prática ilícita” da profissão e actualização do conhecimento dos médicos como alguns dos desafios da Ordem, que já conta com pelo menos 6.000 profissionais inscritos.