O futebolista português Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão, de 26, morreram esta madrugada num acidente de viação em Zamora, em Espanha.

Segundo a imprensa espanhola, este acidente ocorreu na autoestrada A-52, à saída do município de Palacios de Sanabria. Segundo avançou a RTP, citando o departamento de bombeiros local, o jogador perdeu a vida após o veículo ter saído da estrada, na sequência do rebentamento de um pneu, acabando por se incendiar.

Diogo Jota começou a carreira profissional ao serviço do Paços de Ferreira, depois de ter dividido a formação entre o Gondomar e o Paços. Seguiu-se a internacionalização da carreira, ao ser comprado pelo Atlético de Madrid, que acabou por resultar num empréstimo ao FC Porto, onde fez 38 jogos e marcou 9 golos. Seguiu-se a Premier League, primeiro em Wolverhampton e desde 2020 em Liverpool. Foi lá que esta época festejou a conquista do campeonato.

Ao serviço da seleção, venceu no mês passado a Liga das Nações e somou 49 internacionalizações ao serviço da equipa principal.

André Silva, o irmão de Diogo Jota, era atualmente jogador Penafiel, da II Liga.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, já reagiu à notícia: “A Federação Portuguesa de Futebol e todo o Futebol português estão completamente devastados com a morte de Diogo Jota e do seu irmão André Silva, esta madrugada, em Espanha”, lê-se nas redes sociais. “Muito mais do que o fantástico jogador, com quase 50 internacionalizações pela Seleção Nacional A, Diogo Jota era uma extraordinária pessoa, respeitado por todos os colegas e adversários, alguém com uma alegria contagiante e referência na própria comunidade. Em meu nome, e em nome da Federação Portuguesa de Futebol, exprimo as mais sentidas condolências à família e aos amigos de Diogo e de André Silva, assim como ao Liverpool FC e FC Penafiel, os clubes onde, respetivamente, alinhavam os jogadores. Perdemos dois campeões. O desaparecimento de Diogo e de André Silva representam perdas irreparáveis para o Futebol Português e tudo faremos para, diariamente, honrar o seu legado”.

Pedro Proença disse ainda que solicitou à UEFA um minuto de silêncio, esta quinta-feira, antes da partida da seleção feminina com a Espanha, no Europeu feminino.