
O italiano Banca Monte dei Paschi di Siena (MPS) reportou um lucro de 413 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um aumento de 24,2% relativamente ao mesmo período do ano anterior. O banco conseguiu manter as suas receitas em linha com o ano passado, totalizando 1,01 mil milhões, uma ligeira quebra de 0,5%. Já o lucro por ação foi de 32,8 cêntimos, acima dos 26,4 cêntimos do mês homólogo.
Ainda assim, a instituição destaca que as receitas subiram 1,1% quando comparadas com o trimestre anterior. Em comunicado, o banco justifica que esta redução das receitas se deve à queda das taxas de juro, que tem vindo a afetar as margens financeiras dos bancos. No caso do MPS, esta regrediu 7,5% em termos homólogos para 543 milhões. Por outro lado, as comissões subiram 8,9% e as receitas de outros negócios bancários viram um incremento de 24,7%, equilibrando as perdas.
No que diz respeito às despesas, estas ascenderam a 472 milhões, mais 2,2% face a março de 2024, mas 1% abaixo do trimestre anterior. As provisões fixaram-se em 91 milhões, menos 15 milhões do que um ano antes. O custo de risco baixou de 54 pontos base em no período homólogo para 46 pontos base a 31 de março deste ano. O rácio de eficiência foi de 46,9%, acima dos 46,3% um ano antes.
O banco atingiu um rácio CET1 de 19,6% no final do primeiro trimestre, mais 1,4 pontos percentuais (pp) do que em março de 2024. Também o rácio de capital total cresceu, atingindo 22%, mais 1,5 pp. Já o RoTE baixou 4,2 pp para 14,1%. O rácio de cobertura por liquidez caiu 10,1 pp para 156,4%.
Em relação à sua oferta sobre o Mediobanca, que também comunicou os seus resultados nesta sexta-feira, o MPS refere apenas que o processo está a correr de acordo com os ‘timings’ esperados e que a possível fusão entre o Mediobanca e o Banca Generali está potencialmente em linha com os objetivos da operação.
O Mediobanca lançou uma oferta de aquisição sobre o Banca Generali no final de abril, como forma de escapar à sua própria compra pelo MPS, que anunciou a sua intenção de adquirir o rival maior em janeiro, numa operação de 13,3 mil milhões de euros. O Mediobanca rejeitou a oferta desde o início, considerando-a “destrutiva”. Contudo, esta está em andamento e já foi aprovada pelo governo italiano e pelo Banco Central Europeu.