
A multinacional britânica Shell oficializou o seu regresso a Angola, após um interregno de aproximadamente 20 anos, ao assinar um memorando de entendimento com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), em parceria com a Chevron e a Sonangol.
O acordo visa estudos conjuntos para a exploração no Bloco 33, localizado na Bacia do Congo.
O anúncio foi feito durante um dos painéis da Conferência Angola Oil & Gas 2025 (AOG25), onde o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, afirmou que onde há tranquilidade e bom clima de negócios, o investimento vem.
A frase sintetiza o novo ambiente institucional angolano, marcado por reformas estruturais, maior previsibilidade jurídica e estímulos à competitividade.
Segundo o vice-presidente executivo da Shell, Eugene Okpere, Angola permanece um destino estratégico para investimentos petrolíferos, graças à melhoria do ambiente de negócios e aos incentivos fiscais promovidos pelo Executivo.
O acordo insere-se na estratégia de oferta permanente da ANPG, que permite negociações directas para os blocos não adjudicados em rondas anteriores.
O retorno da Shell é interpretado como um sinal de confiança renovada no potencial geológico angolano e na capacidade institucional do país em gerir parcerias sustentáveis.
A expectativa é que este movimento inspire outras supermajors a explorar oportunidades em águas profundas e ultraprofundas, contribuindo para o relançamento da indústria petrolífera nacional.