Acredito que o desenvolvimento do país está diretamente ligado ao desenvolvimento dos líderes, sobretudo dos líderes das chamadas pequenas e médias empresas, uma vez que são o verdadeiro motor de crescimento económico e inovação em Portugal.
E como se desenvolve um líder? Não há uma fórmula mágica até porque todos os líderes têm as suas características únicas, mas há caminhos a seguir:
Ter o apoio de pares – Se todas as experiências e opiniões podem ser válidas, acredito que os líderes devem procurar as ideias dos seus pares, o que lhes permite trocar impressões e discutir casos práticos com pessoas que têm percursos e desafios semelhantes. Contar com o feedback de pares, é igual a crescer, num ambiente seguro e ter um conselho consultivo rotativo, ao dispor;
Contar com um mentor – Por muito experientes que sejamos enquanto líderes, temos sempre a aprender, sobretudo com quem tenha ainda mais experiência e tenha uma mentalidade que nos ajude a guiar. Ter alguém assim, ajuda a evoluir mais rapidamente;
Procurar os melhores conteúdos – Um líder, em qualquer área, precisa de se manter atualizado, através do estudo de conteúdos de referência, de preferência vindos da nata da Academia, como Stanford, Harvard, IESE, Oxford e Cambridge. Um líder aprende também com estas experiências indiretas e conhecimentos já testados;
Associações empresariais, câmaras de comércio e entidades setoriais – Sempre numa lógica de acumulação de conhecimento, experiências e aumento da rede de relações, os líderes devem procurar ter contacto com o maior número possível de organizações que possam acrescentar valor ao seu percurso e ao da organização que lideram;
Diria que o caminho dos líderes portugueses para melhorarem passa por deixarem de achar que a liderança não precisa de apoio. Se há momentos de solidão no líder, na medida em que a decisão final é sua, também existe espaço para que essa decisão seja informada e alavancada nas experiências de outros, sobretudo de pares.
Marta Grilo,
CEO da Vistage Portugal