Que os preços da habitação continuam elevados e a subir continuamente, ninguém parece ter dúvidas. Lisboa é uma das cidades onde isso se sente com intensidade nos últimos anos, com forte valorização do imobiliário. E o mais recente relatório da Knight Frank, multinacional de consultoria imobiliária especializada no segmento do luxo, parceira da Quintela + Penalva em Portugal, só vem comprovar isso mesmo. Assim, segundo Prime Global Cities Index, análise que incide sobre o preço médio das casas em 44 cidades mundiais, Lisboa é a sétima cidade que mais valorizou nos últimos 12 meses, e a primeira na Europa, com um acréscimo de 5,7% no preço médio da habitação.

No conjunto das 44 cidades, o índice evoluiu 2,8% nos primeiros três meses de 2025, uma valorização positiva, que representa, no entanto, um ligeiro abrandamento em relação ao último trimestre de 2024, cujo valor se situou nos 3,2%. Nesta média estão incluídas, claro está, valorizações elevadas e variações negativas. Cidades localizadas na Ásia e Médio Oriente representaram as maiores valorizações do ranking anual, sendo Lisboa a primeira fora desta região.

As cidades europeias apresentam resultados mistos, ou seja, alguns mercados crescem significativamente, como Lisboa e Madrid e outros apresentam crescimentos mais lentos, como Londres e Viena. Madrid, na oitava posição, logo a seguir a Lisboa, registou um crescimento médio de 5,5%, seguida de Dublin, com 4,7% e Zurique com 4,3%.

Assim, o primeiro lugar da lista dos maiores crescimentos de preço a 12 meses é ocupado por Seul, que viu o preço médio da habitação crescer 18,4% face ao do primeiro trimestre de 2024. A valorização da cidade está a ser impulsionada pelo aumento da riqueza e pelo aumento da atividade institucional no segmento residencial de luxo. O Dubai pontua na segunda posição, com um acréscimo de 16,4%, embora em desaceleração face a meses anteriores. Segue-se Tóquio neste pódio, com um crescimento de 15,5% dos preços médios da habitação, já que esta é uma cidade com imensa procura externa.

Embora a Ásia tenha muitos desempenhos fortes em termos de crescimento de preços, alguns dos principais mercados chineses, como Guangzhou e Pequim, estão ainda a lutar para ver um crescimento positivo. Bengalaru e Mubai, na Índia ocupam o quarto e quinto lugar, com 8,3% e 7,6% respetivamente. Antes de Lisboa, aparece ainda Banguecoque, na Tailândia, que apresentou uma valorização de preço de 7,4% nos últimos 12 meses.

O Prime Global Cities Index revela ainda que, entre 2020 e 2024, houve cinco mercados que se destacaram no aumento de preço da habitação: o Dubai, que cresceu 200% em quatro anos, seguido de Miami, com um crescimento de 80%, de Seul, com 62,7%, e de Los Angeles, que cresceu 49%.

Lisboa e Madrid são as que mais crescem na Europa

As cidades europeias apresentam resultados mistos, ou seja, alguns mercados crescem significativamente, como Lisboa e Madrid e outros apresentam crescimentos mais lentos, como Londres e Viena. Madrid, na oitava posição, logo a seguir a Lisboa, registou um crescimento médio de 5,5%, seguida de Dublin, com 4,7% e Zurique com 4,3%.

No relatório da Knight Frank pode ler-se que “O sentido das taxas de juro continua a ser um fator crucial para a evolução dos preços. Embora a inflação tenha diminuído em muitas economias importantes, a política tarifária dos EUA criou um cenário para uma volatilidade futura significativa. Nesse sentido, existe a possibilidade para que as pressões desinflacionárias aumentem fora dos Estados Unidos da América, mas aqui, estão perante um risco de uma inflação mais elevada. Embora as expectativas de cortes nas taxas de juro tenham aumentado fora dos EUA, é necessária uma maior clareza sobre o ritmo e a extensão de futuros cortes antes de se assistir a uma subida significativa dos preços na maioria dos mercados imobiliários”.

O Prime Global Cities Index revela ainda que, entre 2020 e 2024, houve cinco mercados que se destacaram no aumento de preço da habitação: o Dubai, que cresceu 200% em quatro anos, seguido de Miami, com um crescimento de 80%, de Seul, com 62,7%, e de Los Angeles, que cresceu 49%.

Já Carlos Penalva, sócio fundador da Quintela + Penalva l Knight Frank, refere que em Portugal se “tem verificado o contrário. Ou seja, no caso de Portugal, as descidas de taxas de juros, a grande instabilidade geopolítica internacional, a transferência de ativos financeiros para ativos reais tem explicado o aumento dos preços”. Por outro lado, acrescenta, “tem aumentado a procura por investimento imobiliário”.

Carlos Penalva refere ainda que este relatório permite concluir que “estamos perante um cenário de uma evolução positiva dos preços na maioria dos mercados imobiliários globais e, em Portugal, em especial. A baixa oferta de produto, combinada com a mudança prevista para taxas de juro mais baixas e a elevada procura, deverá reforçar a confiança dos compradores e permitir uma sustentação dos preços ao longo de 2025”.

Em baixo, veja a tabela, elaborada pela Knight Frank, que incide sobres os primeiros 16 lugares: