As derrapagens e os atrasos são "problemas do passado (...), agora se houver atrasos serão dentro dos limites razoáveis", disse o secretário para os Transportes e Obras Públicas do território, Raimundo do Rosário, durante um debate na Assembleia Legislativa (AL).

Três deputados solicitaram o agendamento do debate para confrontar o Governo sobre atrasos e derrapagens orçamentais de uma obra que começou por ter um valor estimado em 2007 de 4.200 milhões de patacas (451 milhões de euros), passou a projetar um investimento de 14.200 milhões (1.525 milhões de euros), em 2012, e está orçado agora em mais de 50 mil milhões de patacas, exemplificou um dos eleitos, Leong Sun Iok.

"Falta um orçamento geral e uma avaliação sobre os benefícios do metro (...), não compreendo as derrapagens", criticou o deputado, durante o debate.

Uma ideia também corroborada pelo deputado Au Kam San, que criticou o facto de não haver um orçamento global porque assim não se consegue verificar se existem ou não derrapagens.

"Nunca disse qual o montante global das obras do metro", argumentou o secretário para os Transportes e Obras Públicas do território, referindo que "não é possível avançar agora com o orçamento global".

A primeira linha do metro ligeiro de Macau (na ilha da Taipa), uma obra pública prometida e idealizada há mais de uma década, deverá entrar em funcionamento no segundo trimestre 2019.

Em relação a esta primeira linha, o responsável pela pasta dos transportes sublinhou que o orçamento é de 11.000 milhões de patacas e que "até agora foram gastos cerca de 9.000 milhões de patacas", a menos de um ano do prazo programado para a conclusão desta obra.

Sobre as outras linhas de metro, não se sabe ainda os custos que poderão ter, nem os moldes em que serão construídas.

MIM (JMC) // VM

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