O Commerzbank, que o UniCredit quer adquirir, lucrou 834 milhões de euros entre janeiro e março, mais 11,7% do que no ano anterior, sendo o melhor trimestre e melhor início de ano desde 2011. Já o lucro operacional melhorou no mesmo período em 13,2% para 1,23 mil milhões de euros, um recorde na história do banco. “Atingimos o maior lucro trimestral desde 2011, provando que podemos crescer, mesmo em tempos económicos difíceis”, disse a presidente executiva do Commerzbank, Bettina Orlopp, ao apresentar os resultados.

As receitas líquidas de taxas e comissões melhoraram para 1,01 mil milhões de euros (+6,4%), no entanto, as receitas de juros caíram entre janeiro e março para 2,07 mil milhões de euros (-2,6%), na sequência de taxas de juro mais baixas na zona euro.

O Commerzbank aumentou as provisões para riscos para 123 milhões de euros, em comparação com 76 milhões de euros no ano anterior.

O Commerzbank melhorou o rácio de capital comum de nível 1 para 15,1% (14,9% um ano antes) e tem um rácio de eficiência de 56,1% (57,8% um ano antes). Orlopp acrescentou que planeia devolver mais capital aos acionistas nos próximos anos.

O Commerzbank adquiriu ações próprias no valor de mil milhões de euros no âmbito do seu programa de remuneração dos acionistas para o exercício de 2024 e propôs um dividendo de 0,65 euros por ação (0,35 euros para o exercício de 2023), que deverá ser aprovado na assembleia geral de acionistas de 15 de maio. A remuneração total dos acionistas será, por conseguinte, de 1,73 mil milhões de euros para o exercício de 2024. No início do terceiro trimestre, o Commerzbank solicitará ao Banco Central Europeu (BCE) e à Agência Financeira Alemã autorização para recomprar mais ações.

Os custos operacionais do Commerzbank aumentaram no primeiro trimestre para 1,62 mil milhões de euros (+8,2%), principalmente devido a despesas administrativas mais altas, que foram parcialmente compensadas por economias.

O Commerzbank confirmou a previsão para 2025 de um lucro líquido de 2,8 mil milhões de euros antes dos custos de reestruturação e de cerca de 2,4 mil milhões de euros após os custos de reestruturação. Estas previsões dependem do que acontecer com os encargos relacionados com a Rússia e com os empréstimos em moeda estrangeira na sua filial polaca mBank.

Agência Lusa

Editado por Jornal PT50