O Bankinter Portugal alcançou um resultado antes de impostos de 104 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 2% face ao mesmo período de 2024. O banco justifica que, nesta primeira metade do ano, fez investimentos em novos projetos e ferramentas tecnológicas e distribuiu de forma diferente os encargos, de forma a evitar a sazonalidade dos mesmos.

A empresa destaca o crescimento de 11% da carteira de crédito em Portugal na primeira metade do ano, totalizando 11 mil milhões. Por sua vez, os recursos de clientes grossistas e de retalho subiram 20%, atingindo a marca dos 10 mil milhões no final de junho. Já os recursos geridos fora de balanço e ativos sob custódia aumentaram 13%, acrescendo mais 10 mil milhões.

No que diz respeito às despesas, como já se referiu, o banco fez uma distribuição diferente das mesmas e teve um incremento de 15% no primeiro semestre. No entanto, o Bankinter realça que, considerando apenas o segundo trimestre, o aumento foi de apenas 6% face à média trimestral do ano anterior.

Grupo continua com resultados em crescimento

O Grupo Bankinter como um todo divulgou nesta quinta-feira os seus resultados, tendo a entidade concluído os primeiros seis meses do ano com um lucro de 541,7 milhões. Em comparação com o semestre homólogo, o Bankinter consegue um aumento 14,4%. O resultado antes de impostos foi de 765,6 milhões, o que implica uma contribuição de 13,6% para este valor por parte da sucursal portuguesa do banco.

Os ativos totais do grupo eram 131,73 mil milhões a 30 de junho, uma subida de 11,3%. A carteira de crédito total ascende a 83,28 mil milhões, mais 5,8% em termos homólogos, e os recursos de clientes ficaram em 147,9 mil milhões, uma subida de 10,8%.

Na frente das receitas do Bankinter, o grupo revela que a margem financeira encolheu 5,1% entre a primeira metade de 2025 e o mesmo período de 2024 para 1,1 mil milhões. Contudo, a instituição destaca que a margem entre abril e junho já é superior às dos trimestres anteriores, fruto da redução do custo dos depósitos. O banco aponta ainda as comissões como uma fonte preponderante de rendimentos. As comissões líquidas totalizaram 380 milhões, mais 11,2% do que em igual período de 2024.

A rentabilidade, salienta a empresa, está em “níveis históricos”, com o ROE a fixar-se em 18,4%, 0,7 pontos percentuais acima do valor registado um ano antes. Por sua vez, o rácio CET1 registado entre janeiro e junho foi de 12,57%. Já o rácio de eficiência é 35,9%.