Na sequência do triunfo diante do SC Braga (0-2), no dérbi minhoto, Rui Borges, técnico do Vitória SC, teceu rasgados elogios ao comportamento dos seus jogadores. Na conferência de imprensa, o técnico de 43 anos fez ainda questão de agradecer aos adeptos vimaranenses pelo forte apoio demonstrado ao longo da partida.
A chave para a vitória: «É sempre por pormenores. Foi a qualidade dos meus jogadores, do coletivo, claro que depois em alguns momentos o individual sobressai. Mas, foi a capacidade deles de acreditarem na mensagem, a sua qualidade técnica sobressai, acima de tudo somos uma equipa feliz a jogar.»
Análise ao embate: «A primeira parte foi equilibrada, o SC Braga nos primeiros 20 minutos teve um pouco mais de bola. Mas, foram duas equipas que se respeitaram imenso, cobrindo os espaços, mas ambas com capacidade de resolver jogos. Até perdemos algumas bolas que não devíamos ter perdido e permitimos que o SC Braga estivesse mais por cima, mas depois fomos equilibrando. Dou tando significado ao momento defensivo, como ao ofensivo. A equipa que estiver mais equilibrada em todos os momentos, incluindo as bolas paradas, que hoje fizemos um golo, consegue ganhar mais vezes. Na segunda parte fomos superiores, entrámos muito bem com bola e a chegar à área adversária. No final estivemos mais cansados, mas não permitimos lances de perigo ao adversário. Nulo ao intervalo justifica-se. A vitória depois acaba por ser justa.»
Os índices anímicos após uma vitória que já não acontecia desde 2016/17: «Os nossos adeptos foram fantásticos mais uma vez, sempre connosco durante 90 minutos, a puxarem pela equipa. Para eles é especial e para mim já se vai tornando, mas é mais uma vitória no nosso caminho. São três pontos, frente a uma boa equipa. Uma caminhada que está a ser boa, mas não vai ser sempre assim e quando estivermos em baixo vou ser o mesmo e estar ao lado dos meus jogadores que não são máquinas. Chegamos ao golo com naturalidade, quando os jogadores são felizes a jogar é meio caminho andado. Daqui para a frente, vamos ter adversários que nos vão complicar mais a vida. Os jogadores não se podem esconder e que esta humildade de falharem várias vezes e voltarem a tentar que continue com eles.»
A saída de Villanueva ao intervalo: «Foi por lesão. A vitória é para ele e para o Jorge Fernandes que estava a fazer um início de época fantástico e lesionou-se. Fico triste, porque o Mikel estava bem e por tudo que foi o calvário da época passada. É de uma entrega enorme, é um líder com um olhar concentrado. Ao intervalo custou-me vê-lo triste. Vai cair estes dias e vai levantar-se outra vez. Passou a semana toda a treinar com dores numa costela e disse-me que estava pronto. Mesmo que estivesse a 30 por cento, só por isso ia metê-lo a jogar.»