
O Ministério Público pediu prisão efetiva para Fernando e Sandra Madureira, e mais quatro arguidos no arranque das alegações finais da Operação Pretoriano, testemunhado pelo Jornal de Notícias.
«Deixar os arguidos em liberdade seria passar a mensagem de que podem fazer tudo», disse a procuradora Susana Catarino que, segundo a mesma fonte, pediu penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para Fernando Madureira e Sandra Madureira, apelando a penas mais leves para Vítor Catão, Hugo Carneiro e Vítor Aleixo e o filho Vitor Bruno.
Recorde-se que em causa está a tumultuosa Assembleia Geral do dia 13 de novembro de 2023, em que muitas pessoas foram intimidadas nas bancadas e houve mesmo agressões.
«É altura de fazer justiça a todos aqueles que não se puderam expressar livremente, não puderam dizer o que pensavam e que ainda hoje vivem com medo dos arguidos, aqueles que não puderam fazer o seu trabalho e que tiveram de ir ao hospital. Estas pessoas merecem justiça. Os arguidos têm de perceber que não podem fazer o querem», justificou a procuradora.
«Clima de medo»
A procuradora falou num «clima de medo» pensado para Madureira continuar a lucrar e manter o seu estilo de vida e «forçar» a aprovação de estatutos». O plano, disse, visou «arregimentar pessoas ligadas aos Super Dragões» e e levá-las à AG «com vista a condicionar as deliberações e os sócios que não fossem favoráveis, atirando objetos, agredindo e impedindo que os mesmos falassem. Os elementos da mesa mantiveram-se impávidos e serenos e fecharam os olhos ao clima de intimidação e medo».
12 arguidos estão acusados de 31 crimes: 19 de coação agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de arremesso de objetos ou líquidos e três de atentado à liberdade de informação. Hugo Loureiro está acusado de posse de arma proibida.
(atualizado às 13h15)