Jack Miller chegou este ano à Prima Pramac Yamaha no MotoGP, tendo contrato direto com o construtor de Iwata… mas só para uma época. Por isso mesmo, está obrigado a mostrar resultados para renovar.

O início foi promissor: o colega de Miguel Oliveira até bateu Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) nas três primeiras rondas e, depois do quinto lugar no GP das Américas, chegou a ser o melhor Yamaha na classificação.

No entanto, seguiram-se três abandonos e não pontua desde esse top cinco em Austin, caindo para o 17.º lugar no campeonato. No que toca à Yamaha, só estão atrás de si Oliveira e o seu substituto enquanto esteve lesionado, Augusto Fernández.

Mas estará o lugar de Miller na Pramac em risco? Para já, esse não parece ser o caso. Paolo Pavesio, diretor de gestão da Yamaha Motor Racing, remete decisões para a altura da pausa de verão. E, em declarações ao site SPEEDWEEK.com, destacou o bom início do australiano:

Ele enviou um sinal com as primeiras duas corridas dele. Ele veio de outro construtor, era novo e não tinha expectativas. Quando ele pilotou a moto de 2025 pela primeira vez, apaixonou-se imediatamente com a sensação da roda frontal, que é o nosso ponto forte. O estilo de pilotagem dele adequou-se imediatamente à moto. Nós já tínhamos feito muitas mudanças ao longo do inverno. A partir desse momento, os pilotos deram-nos muito – não apenas dados. Há também muita competição interna, eles puxam uns pelos outros.

O desempenho de Miller é satisfatório, mesmo que os resultados recentes não o demonstrem: ‘Ele mostrou ao grupo Yamaha desde o início que a moto tem algo a oferecer mesmo para um piloto a vir de outro construtor. […]. Também gosto da atitude dele, ele é um jogador de equipa e pensa de forma positiva. Mesmo em fins de semana difíceis, quando ele não foi capaz de render no melhor dele – caiu um pouco frequentemente – ele teve uma influência positiva no grupo’, disse Pavesio.

Porém, o italiano também reconheceu que os resultados são importantes: ‘Esperamos mais consistência dele, e isso é algo que ele próprio faz’.

Essa consistência também faltou ao #43 nas duas épocas na Red Bull KTM. As cartas estão agora do lado de Miller, que tem seis rondas para mostrar trabalho até à pausa de verão.