
Foi aprovado, este sábado, por unanimidade, o plano de atividades e orçamento para 2025/26 e, ainda, as alterações estatutárias forçadas pelo IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude) - por «unanimidade, mas sem aclamação» - em assembleia geral da FPF.
Vamos por partes. A FPF reuniu-se na Cidade do Futebol - a AG dividiu-se em duas, uma ordinária e outra extraordinária - e aprovou o primeiro orçamento sob a liderança de Pedro Proença. Orçamento esse que prevê gastos de cerca de 143,1 milhões de euros e receitas de 146,2 milhões de euros, antevendo um lucro de 3,1 milhões de euros.
De notar que a maior previsão de gastos de sempre alberga as empresas da esfera federativa, dedicadas a eventos, infraestruturas, fundação, Canal 11, formação (Academy) e comercial.
Importa destacar os valores esperados pela FPF no que toca às duas seleção seniores. A direção da federação prevê receber 17 milhões de euros provenientes da participação da Seleção AA no Mundial 2026 - chegada aos oitavos - e dois milhões de euros da Seleção feminina - Euro 2025.
Até aqui, tudo certo. Agora chegamos à parte que gerou «indignação». Luís Campos Ferreira, presidente da Mesa da Assembleia Geral, falou em conferência de imprensa realizada após as reuniões e mostrou-se bastante insatisfeito pelas exigências feitas pelo IPDJ. Em causa está o reforço dos poderes do presidente da FPF.
«Foram aprovadas por unanimidade, mas não por aclamação. Estas alterações estatutárias não vão responder às ansiedades e à visão que os delegados da AG têm sobre como devem ser distribuídos os poderes e competências na FPF», começou por dizer, assumindo mesmo o desagrado dos restantes delegados.
«Não estão de acordo, mas tiveram o sentido de responsabilidade para permitir que a alteração fosse feita, pois, se assim não fosse, a FPF poderia perder o seu estatuto de utilidade pública, o que era gravíssimo», rematou.
Importa lembrar que, caso tivesse sido chumbada, a FPF perdia o estatuto de utilidade pública, concedido pelo próprio IPDJ.