Miguel Oliveira voltou ao MotoGP, às corridas e com o regresso à realidade e para o quão dura uma ausência de várias semanas pode ser, ao terminar a Sprint do GP de França no 20.º lugar, ocupando a última posição dadas as quedas de outros pilotos. O início nem foi mau, mas algo se passou a meio da corrida, sensivelmente, que «atirou» o português para 20.º lugar, depois de ter estado algum tempo em 18.º.

Aí estava Oliveira preparado para o seu regresso às corridas, com o português a qualificar-se com o 20.º tempo, o que significava um arranque da sétima fila da grelha e certamente uma tarefa hérculea pela frente. Levar o seu tempo, retomar à ação e tempo na moto era essencial e determinante, conforme avançou diversas vezes ao longo dos últimos dias.

O arranque de Oliveira não correu de feição, com o #88 bem cedo a ficar na última posição. A primeira volta foi em 1:39.422s, uma diferença de praticamente 5s para o líder e autor da pole position, Fabio Quartararo.

Na segunda volta e já com Oliveira em 21.º, depois da queda de Pecco Bagnaia, Oliveira rodou em 1:33.174s, a mais lenta do grupo, e estava a 0.177s de Lorenzo Savadori, piloto que está a substituir Jorge Martín na Aprilia Racing.

Com três voltas concluídas o piloto natural de Almada rodou em 1:32.524s e era agora 20.º classificado, depois de Marco Bezzecchi ficar para trás, e logo depois passou a 19.º ao bater Savadori. Nessa mesma volta Brad Binder, ex-colega de Oliveira caiu e assim o 18.º era a nova posição do português. De referir que Oliveira tinha já recebido um aviso por exceder os limites de pista, cerca de dois minutos após o arranque da Sprint.

A nove voltas do final Takaaki Nakagami estava a 0.812s e Savadori, atrás, estava a 1.1s.

Depois de recuperar para 0.6s a distância para Nakagami o japonês voltou a recuperar tempo e estava agora a 1.055s, com sete voltas para o final, já Savadori, que chegou a estar a 1.6s estava a menos de um segundo, concretamente a 0.905s.

Bezzecchi entretanto bateu Savadori e era o novo perseguidor mais direto de Oliveira, que em 18.º estava agora a 2.048s de Nakagami.

A seis voltas do final Oliveira viu-se batido em dose dupla: por Bezzecchi primeiro e depois por Savadori e retomava à posição de partida do GP, e era o último classificado. A organização não deu quaisquer informações sobre o que aconteceu mas Oliveira ficou a 19s da concorrência mas, não caindo, algo se terá passado com Oliveira, ainda que o quê não seja para já possível dizer.

Apesar das dificuldades Oliveira não desistiu e não deu a corrida por terminada e correu atrás do prejuízo recuperando algum tempo.

Ainda assim a corrida terminou com Oliveira num distante 20.º, num dia em que o mais importante era chegar ao fim da corrida e recuperar sensações e tempo com a Yamaha M1. No final acabou a 16.465s do mais direto adversário, quando chegou a estar a quase 20s.