
Katie Ledecky somou esta terça-feira o 23.º título mundial em piscina longa ao vencer os 1.500 metros livres dos Mundiais Singapura'2025, em que o romeno David Popovici (200 livres) e a australiana Kaylee McKeown (100 costas) se impuseram.
Ninguém soma mais medalhas individuais em Mundiais do que a norte-americana, que conta também 14 medalhas olímpicas, e esta terça-feira mostrou que ninguém reina como ela na distância mais longa do programa, tendo nadado durante grande parte da prova bem acima do seu recorde mundial.
No final, acabou por parar o relógio em 15.26,44 minutos, quinta melhor marca de sempre entre um mar de tempos que a própria estabeleceu, ainda que tenha visto concorrência real na italiana Simona Quadarella.
Quadarella conquistou a prata com 15.31,79, novo recorde da Europa por sete segundos de margem para o anterior, já de 2019, e é a melhor nadadora de sempre nos 1500 livres com a exceção de Ledecky, que aos 28 anos soma agora 29 medalhas em Mundiais de 50 metros.
Com o bronze ficou a australiana Lani Pallister, com 15.41,18.
"Estou feliz com o tempo, feliz com a final que nadei. Adoro esta corrida, é aquela em que bati o meu primeiro recorde do mundo. Tenho colecionado muitas memórias nos 1500 livres", declarou a veterana nadadora.
Nos 100 costas, Kaylee McKeown ficou a três centésimos do recorde do mundo, ao nadar a final em 57,16 segundos para bater a norte-americana Regan Smith, a atual recordista e grande rival da australiana.
O recorde da Oceânia, da Austrália e da Commonwealth vem junto com novo título mundial, e à frente da rival, num pódio em que a norte-americana Katharina Berkoff foi bronze de novo, depois de já ter sido em Fukuoka2023 e nos Jogos Olímpicos Paris2024, e atrás das mesmas protagonistas.
Na final masculina, o sul-africano Pieter Coetze bateu o recorde continental e estabeleceu-se como terceiro mais rápido de sempre, igualando Ryan Murphy com 51,85 segundos, ao vencer a prova à frente do recordista mundial e campeão olímpico, o italiano Thomas Ceccon.
Quando virou, aos 50, Ceccon era apenas oitavo, mas na etapa complementar subiu à prata, com 51,90, deixando o francês Yohann Ndoye-Brouard no terceiro posto por dois centésimos.
Numa das finais mais aguardadas, a dos 200 livres masculinos, o romeno David Popovici recuperou nos últimos 50 para se sagrar campeão do mundo, com 1.43,53, à frente do grande rival, o norte-americano Luke Hobson.
O campeão olímpico e Hobson bateram a marca dos 1.44 minutos e o romeno recuperou o título mundial que havia conquistado em 2022, num pódio em que o japonês Tatsuya Murasa, de 18 anos, surpreendeu e ficou com o bronze.
"Foi ainda melhor do que nos Jogos Olímpicos. Sonhei muito com os Jogos, mas [ganhar] neste ano, em que costuma relaxar-se mais, deixa-me muito orgulhoso", declarou Popovici, de 20 anos.
Os 100 bruços femininos renderam a primeira grande surpresa destes campeonatos, com a alemã Anna Elendt, sem grande currículo internacional para lá de uma prata em 2022, a sagrar-se campeã do mundo, com 1.05,19 minutos, novo recorde nacional da Alemanha.
A norte-americana Kate Douglass, que soma 15 medalhas em Mundiais, ficou no segundo lugar, com 1.05,27, enquanto a chinesa Qianting Tang, campeã mundial em Doha2024, ficou com o terceiro posto do pódio, nadando em 1.05,64.