
Órfã de um nome grande desde a retirada de Usain Bolt em 2017, a prova rainha da velocidade do atletismo, os 100 metros, ganhou uma nova esperança neste sábado.
À boleia de um outro jamaicano: Kishane Thompson. Aos 23 anos, o vice-campeão olímpico de Paris tornou-se no sexto homem mais rápido da história, ao percorrer o hectómetro em 9.75 segundos, batendo os também olímpicos Oblique Seville (9.83) e Ackeem Blake (9.88), que venceu a Liga Diamante em 2024.
Mais rápido do que o jovem jamaicano, só mesmo Usain Bolt, com o seu recorde do mundo fixado em 9.58 segundos, Tyson Gay (9.69) Yohan Blake (9.69) Asafa Powel (9.72) e Justin Gatlin (9.74).
Para se perceber a dimensão da marca de Thompson, basta dizer que desde 2015 ninguém corria tão depressa os 100 metros, o que abre boas perspetivas para que os Mundiais de atletismo que se realizam em Tóquio, no mês de setembro.
De resto, será a primeira grande competição desde que nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 se disputou a final mais equilibrada de sempre, numa corrida ganha pelo norte-americano Noah Lyles, com menos cinco milésimas do que Thompson e com seis décimas a separar os cinco primeiros classificados.
Por tudo isto e por ter uma autoconfiança inabalável, após bater o seu recorde pessoal na prova de apuramento da Jamaica, Thompson não descartou a possibilidade de melhorar o tempo histórico de Bolt.
«Nunca me vou surpreender com um resultado porque sei aquilo de que sou capaz. Tenho muita confiança. Aliás, não me surpreenderia bater o recorde mundial. Porque tenho essa confiança e estou a trabalhar para alcançar todas as minhas metas», declarou.