
MELHOR EM CAMPO
8 - António Silva – O central do Benfica, que teve uma época assim-assim, assinou na despedida do Benfica do Mundial de Clubes uma exibição personalizada, autoritária e muito segura na hora de entregar a bola. Esta melhor versão de António Silva teve como ‘highlight’ um corte que valeu por golo, aos 20 minutos, em cima do risco fatal, evitando a celebração de Cucurella. Mas noutras ocasiões (3, 37 e 45+4) tirou o pão da boca a Delap e Palmer. Numa partida muito física, o central encarnado nunca se atemorizou, foi imperial pelos ares e ligou bem com Otamendi. Não foi, de facto, pelos centrais que as coisas correram mal ao Benfica, e António Silva, que teve de desguarnecer a defesa acabando a ponta-de-lança, regressou àquilo que é o seu tremendo potencial.
4 – Trubin – Estava a assinar uma exibição monumental, com defesas prodigiosas a remates de Pedro Neto (1), Palmer (10, 20 e 38), e uma parada ‘impossível’ a um petardo de Cucurella, isolado (38). Aos 68 minutos, quis adivinhar que de um livre lateral do Chelsea ia sair um cruzamento, e Reece James enganou-o com um remate direto, que fez a bola entrar junto ao primeiro poste, deixando-o mal no filme. Não ficou muito melhor no segundo golo dos londrinos.
6 – Aursnes – Chamado à função de lateral direito, teve dificuldades com as subidas constantes de Cucurella, que em muitas ocasiões não foram devidamente compensadas defensivamente por Di María. Quando o astro argentino se fixou, durante um largo período, como defesa direito, Aursnes fechou no meio, acompanhando os movimentos de Palmer. Aos 78 minutos teve uma grande jogada, culminada com um passe açucarado para Prestianni, que desperdiçou o lance infantilmente.
7 – Otamendi – Foi o guerreiro do costume, sem facilitar nem dar um milímetro. Teve uma partida de enorme concentração, em que ajudou o Benfica a retardar o golo do Chelsea, especialmente com um corte, aos 47 minutos, com que evitou um golo provável dos londrinos. Fez o cabeceamento que valeu a grande-penalidade ao Benfica.
5 – Dahl - Não comprometeu, defendeu e defendeu-se, mas esteve a milhas da influência assumida por Álvaro Carreras no transporte da bola nas transições ofensivas. A luta que manteve com Pedro Neto foi interessante e obrigou muitas vezes o internacional português a optar pelo jogo interior.
4 – Florentino – Teve o jogo de que menos gosta, ao ser pressionado quando recebia a bola e tentava virar-se. Enzo Fernández dava-lhe a primeira luta e foi o argentino que lhe tirou, logo de início, a confiança para o resto da partida. Complicativo, meteu-se em trabalhos desnecessários, nomeadamente na jogada que deu o livre de onde saiu o golo do Chelsea, em que fez falta apósuma perda de bola.
3 – Barreiro – Teve uma missão tática híbrida, em que tanto dava a primeira luta, ao lado de Pavlidis, à saída de bola do Chelsea, como surgia a tapar buracos, ao meio, à direita e à esquerda. Com tanta dispersão nunca conseguiu dar um contributo positivo para a posse de bola, e teve uma perda de bola inadmissível num dos golos do Chelsea.
5 – Di María - Um jogo com alguns pormenores, mas sem muitos dos ‘pormaiores’ que fizeram do argentino um dos maiores jogadores do Mundo. Sem capacidade para defender as subidas no terreno de Cucurella, acabou refugiado a lateral-direito para evitar males maiores. A interrupção fez-lhe bem, e regressou a querer levar o Benfica às costas. Mas apesar do golo, teve perdas de bola comprometedoras, que acabaram com as hipóteses encarnadas.
4 - Kokçu - Nunca se sentiu confortável dentro das quatro linhas e não foi o patrão de meio-campo de que o Benfica precisava. A bola parecia queimar-lhe os pés e a pouco e pouco o internacional turco foi desaparecendo da partida, cada vez mais alheado. A sua substituição pecou por tardia.
4 – Schjelderup – Muito discreto, quase envergonhado por estar em campo, o jovem nórdico foi capaz de ajudar defensivamente Dahl, mas faltou-lhe centelha quando quis soltar-se para o ataque. Outro a quem a bola queimava os pés, sem se mostrar capaz de auxiliar no esforço coletivo de manter a bola.
4 – Pavlidis – O internacional grego fez um jogo de mais a menos. Na primeira parte ainda procurou mostrar-se e receber os passes verticais dos defesas ou dos médios. Mas à medida que os minutos passavam foi perdendo frescura e quando dispôs de uma ocasião para incomodar seriamente Sanchez (68), faltou-lhe poder físico e foi superado porn Badiashile.
4 – Akturkoglu – Foi chamado na segunda parte para o lugar de Schjelderup, mas não foi capaz de ser o fator diferenciador de que o Benfica precisava. No prolongamento, com mais espaço, finalmente mostrou-se, mas a jogar com dez as hipóteses dos encarnados eram muito limitadas.
1 – Prestianni – Entrou nervoso, perdeu cada bola que disputou, e para culminar desperdiçou a melhor ocasião dos encarnados, após passe de Aursnes (78). Expulso por uma infantilidade ao segundo minuto do prolongamento.
4 – Belotti – Lutou, como é seu timbre, e foi capaz de ter algumas saídas de bola perigosas.
6 -Tiago Gouveia – Uma entrada positiva, a dinamizar o flanco direito.
5 - João Veloso – deu rotatividade ao meio-campo, mas a expulsão de Prestianni comprometeu tudo.