
Álex Rins terminou o Grande Prémio dos Países Baixos no 13.º lugar, numa corrida marcada por abandonos e onde apenas 16 pilotos concluíram a prova. O espanhol da Yamaha voltou a sentir, de forma evidente, as limitações técnicas da sua moto, apesar dos esforços da equipa e de algum progresso ao longo do fim de semana.
A primeira volta foi logo comprometida por um toque, que o afastou dos restantes pilotos. A partir daí, tentou gerir os pneus e encontrar o seu ritmo, mas o problema habitual com a temperatura interna voltou a limitar seriamente o desempenho:
– A verdade é que foi complicado, muito complicado. Pouco mais podemos fazer. Tive azar e fiquei a três segundos do penúltimo na curva quatro, logo na primeira volta. E a partir daí, comecei a fazer o meu ritmo, a controlar os pneus, porque sofremos muito nas curvas para a direita com a temperatura interna – sobe até aos 150 graus e, quando começa a derrapar, não pára. Não digo que não aconteça aos outros, mas no nosso caso, a eletrónica não é capaz de controlar isso, de travar este deslizamento.
Segundo o piloto, o maior problema está no sobreaquecimento do pneu traseiro, que se torna incontrolável a meio da corrida, sobretudo em curvas com maior inclinação lateral: ‘O problema, exatamente, é que o pneu aquece demasiado — o de trás aquece demasiado — e a temperatura não baixa. Quando aquece muito, e entras na curva com ângulo, começa a derrapar. E não pára, não pára’.
Concluindo:‘Claro, como é que travas esse deslizamento? Como é que o travas? Tirando o acelerador. Mas não podes tirar o acelerador na curva dois, na curva três ou na curva quatro. Ou cais ou tiras o acelerador, não é? E os outros passam-te. Eu não sei, se soubesse… Mas está claro que têm de fazer alguma coisa.’