Há algum tempo que o Al Nassr tinha chegado a acordo para a transferência do central do Feyenoord David Hancko. No entanto, de forma inesperada, os dirigentes sauditas voltaram atrás e o jogador acabou por viver uma autêntica humilhação.

O facto de o clube de Cristiano Ronaldo já não querer Hancko não é propriamente grave, mas o mesmo não se pode dizer da forma como o internacional eslovaco foi tratado, a partir do momento em que foi autorizado a viajar.

De acordo com o jornal neerlandês De Telegraaf, o Al Nassr tinha chegado a acordo com o Feyenoord por uma verba de 40 milhões de euros mais bónus, e o jogador desocupou o apartamento em Roterdão, viajando para a Arábia Saudita com a esposa grávida, a fim de se juntar ao novo clube.

Contudo, quando chegou ao centro de treinos em Riade, os sauditas já não queriam saber da transferência. A equipa partiu então para um estágio em Saalfelden, na Áustria, e o central eslovaco seguiu-a, à parte, na esperança de treinar sob o comando do português Jorge Jesus. Em vão.

Os dirigentes isolaram-no, alojaram-no num hotel diferente daquele onde o resto da equipa estava instalada: «Vais ficar aqui até que a situação se resolva.» Os responsáveis do Feyenoord ficaram chocados com a mudança repentina e, sobretudo, com o tratamento dado ao jogador.

Feyenoord investiu parte do dinheiro de Hancko em novas aquisições

«Ele tinha um acordo com o Al Nassr, tal como o Feyenoord. Depois, deixaram-no vir para o estágio, só para lhe dizerem abruptamente que já não era bem-vindo. Isto nunca tinha acontecido», declarou Raymond Salomon, porta-voz do clube de Roterdão, aos jornalistas locais: «É escandaloso como as pessoas do Al Nassr trataram o David.»

O motivo pelo qual os sauditas agiram desta forma permanece incerto. O Feyenoord reintegrou Hancko com o seu contrato antigo, válido até 2028, mas não evitaram um sério prejuízo. Parte dos milhões esperados da transferência do defesa de 27 anos já foi gasto em novas aquisições. Felizmente, surgiu o Atlético Madrid disposto a resgatá-lo.