
25' Livre direto e cartão amarelo bem mostrado a Otamendi, que com o braço esquerdo e em simultâneo com a perna esquerda puxou e rasteirou Hélder Tavares à entrada da área, cortando desta forma um ataque prometedor.
34' Realmente Miro, avançado do Tondela, agarra e até acerta com o braço direito no pescoço e cara de Schjelderup, situação passível de livre direto e de cartão amarelo. Mas, ato contínuo, a bola fica jogável à saída do meio campo para outro jogador encarnado, que ia com perigo, em jogada de igualdade numérica e num lance claramente prometedor. O árbitro deveria ter dado a lei da vantagem e só posteriormente, na interrupção seguinte, mostrar o amarelo.
44' Sem motivo para pontapé de penálti no lance dividido entre João Afonso e Richard Ríos. Na ocasião o médio colombiano chegou primeiro à bola, pontapeando-a, mas, ato contínuo, e porque não parou o seu movimento, acabou por pontapear a ponta da chuteira do central tondelense, que também esticou a perna direita e se apresentou de sola. O contacto é fortuito, João Afonso não fez a entrada na direção do adversário, mas sim da bola, tal como o médio Richard Ríos. De seguida, tudo o que acontece, ou seja, o contacto ao nível dos pés, é fruto da movimentação de ambos. Boa decisão.
51' O árbitro assinala pontapé de penálti por falta de Obrador sobre Yarlen, mas com as repetições percebe-se que a infração foi fora da área e foi isso que o VAR, ao rever o lance, transmitiu ao árbitro. Situações como ser dentro ou fora da área são as chamadas situações factuais, em que basta a indicação e informação do VAR, não sendo necessário o árbitro ir ao monitor. Assim sendo, manda o protocolo que o árbitro transmita para o estádio que a infração foi fora e que reverte o pontapé de penálti num livre direto. Falta, contudo, a parte disciplinar. Quando assinalou penálti, por ter sido na tentativa de jogar a bola, de acordo com a lei da dupla penalização, não há lugar à parte disciplinar, contudo, ao reverter para livre direto, essa lei já não se aplica, e deveria o árbitro nesse sentido ter mostrado amarelo ao jogador encarnado por corte de ataque prometedor.
62'Amarelo a Enzo Barrenechea foi uma boa decisão, na ocasião foi por uma simulação, quando se projetou claramente para o solo na tentativa de ganhar um pontapé livre à entrada a área do Tondela. As repetições são muito claras, Juanse não pisou nem sequer tocou no pé ou perna do médio argentino.
83' Há falta de Tiago Manso sobre Kerem Akturkoglu, pois de sola e com os pitons do seu pé direito pisou claramente o pé direito do seu adversário. Por ser uma entrada negligente mostrou também o cartão amarelo, o único reparo neste lance é que a bola sobrou para Florentino que estava sozinho e com muito espaço para correr, ou seja, o árbitro ao interromper de imediato anulou aquilo que seria muito boa lei da vantagem. Deveria ter deixado prosseguir o jogo. Tinha tempo na interrupção imediatamente a seguir de mostrar o amarelo ao jogador do Tondela.
87' Ceitil com o seu braço esquerdo agarra e impede o movimento de Leandro Barreiro, com o único propósito de destruir e parar a jogada, sem qualquer interesse em jogar ou disputar a bola, quando o jogador poderia entrar em velocidade e com espaço pela frente. Faltou cartão amarelo.
89' Só é golo quando a bola transpõe completamente a linha da baliza, por entre os postes e por baixo da barra (lei 10, determinação do resultado do jogo). Com uma excelente imagem da transmissão deu para perceber que Tiago Manso de cabeça tirou a bola antes que ela entrasse na totalidade. De realçar que nas nossas competições profissionais não existe a TLG (tecnologia da linha de golo).
Positivo
O VAR que, num lance capital, como é o do pontapé de penálti, fez uma intervenção correta e decisiva.
Negativo
O árbitro não aplicou a lei da vantagem em lances muito claros, nos quais acabou assim por beneficiar o infrator