
O mais recente acordo comercial do governo de Donald Trump com a Grã-Bretanha penaliza injustamente as empresas norte-americana do setor automóvel que fizeram parcerias com o Canadá e o México.
A posição foi assumida agora pelo Conselho Americano de Política Automóvel (AAPC) para quem o acordo entre os EUA-Reino Unido “prejudica os construtores, fornecedores e trabalhadores da indústria automóvel “, de acordo com o presidente do grupo, Matt Blunt.
O acordo revelado na quinta-feira entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, reduz a tarifa sobre veículos britânicos de 27,5% para 10% nos primeiros 100.000 veículos enviados da Grã-Bretanha para os Estados Unidos.
Em contraste, Ford, General Motors Company e Stellantis, este último fabricante da marca Jeep e membros da AAPC, enfrentam tarifas de importação de 25% sobre automóveis montados no Canadá e no México.
“Estamos dececionados que o governo tenha priorizado o Reino Unido em detrimento de nossos parceiros norte-americanos”, disse Blunt. “Com este acordo, agora será mais barato importar um veículo do Reino Unido com muito pouco conteúdo americano, em detrimento de um veículo do México ou Canadá em, com metade das peças americanas.”
Recorde-se que Donald Trump anunciou na semana passada algumas medidas para diminuir o impacto das tarifas sobre peças de automóveis importadas, medidas que foram bem recebidas pela GM e pela Ford.
O governo Trump permitirá que empresas que montam automóveis nos Estados Unidos deduzam uma fração do custo das peças importadas por dois anos para dar à indústria tempo suficiente para realocar as cadeias de matérias-primas.
“Esperamos que esse acesso preferencial para veículos do Reino Unido em relação aos norte-americanos não crie um precedente para futuras negociações com concorrentes asiáticos e europeus”, disse Blunt.