
As renegociações de crédito à habitação caíram em maio para 355 milhões de euros, num recuo de 51,4% em termos homólogos, segundo dados hoje publicados pelo Banco de Portugal (BdP).
De acordo com os dados do regulador bancário, em maio deste ano foram renegociados contratos de crédito à habitação no valor de 355 milhões de euros, menos 59 milhões de euros que em abril e menos 375 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado.
As renegociações no crédito à habitação foram, aliás, um dos principais fatores para a redução no valor global das renegociações, que caíram 49,4% em termos homólogos, para 391 milhões de euros. Em cadeia, a descida foi de 60 milhões de euros.
No total, as novas operações de empréstimo -- que incluem créditos totalmente novos e contratos renegociados -- ascenderam a 3.289 milhões de euros, mais 11,9% do que há um ano, e mais 284 milhões de euros que em abril.
Deste montante, 2.898 milhões de euros disseram respeito a novos contratos, representando um aumento de 33,7% em termos homólogos e 344 milhões de euros em cadeia.
Apenas no crédito à habitação, entre novos contratos e renegociações, o valor contratado foi de 2.045 milhões de euros, mais 46,5% face ao mesmo mês de 2024 e mais 250 milhões de euros quando comparado com abril.
Em maio, mais de metade (58%) do montante dos novos contratos para a compra de casa foi feita por jovens com idade igual ou inferior a 35 anos, um valor equivalente ao registado no mês anterior.
Nos empréstimos ao consumo, a taxa média das novas operações ao consumo passou para 8,85% em maio, contra 9,03% em abril, enquanto nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média recuou 0,03 p.p., para 3,82%.
No caso das empresas, as novas operações de empréstimos somaram 2.717 milhões de euros, mais 754 milhões de euros que em abril e mais 38,8% que há um ano.
"Os novos contratos aumentaram 694 milhões de euros, para 2481 milhões de euros, enquanto os contratos renegociados subiram 60 milhões de euros, para 236 milhões de euros", explica o BdP.
Para as empresas, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos desceu 0,33 p.p. comparando com abril, para 3,77%, contra 5,55% um ano antes.