
O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) anunciou esta segunda-feira o fim da mobilização de 700 fuzileiros em Los Angeles, destacados no auge dos protestos contra detenções de imigrantes ilegais na cidade do estado da Califórnia.
"Com o regresso da estabilidade a Los Angeles, o secretário [da Defesa, Pete Hegseth] ordenou a redistribuição dos 700 fuzileiros, cuja presença enviou uma mensagem clara: a ilegalidade não será tolerada", disse à EFE o porta-voz chefe do Pentágono, Sean Parnell.
Na semana passada, o Pentágono anunciou a retirada de Los Angeles de 2.000 militares, metade do efetivo da Guarda Nacional mobilizado pelo executivo republicano em junho para o estado, apesar de oposição do governador democrata, Gavin Newsom, e de outras autoridades locais.
O Pentágono não esclareceu por quanto tempo os restantes militares permanecerão na cidade, para onde foram enviados num destacamento de 60 dias, encarregados de proteger edifícios federais e proteger agentes de imigração durante rusgas.
No início de julho, o exército anunciou que cerca de 200 destes militares regressariam às suas unidades para apoiar no combate a incêndios florestais.
Os protestos começaram a 6 de junho, quando a agência de imigração (ICE, sigla em inglês) lançou rusgas em grande escala para deter imigrantes ilegais, causando revolta na população pelo uso de força e nalguns casos de carrinhas descaracterizadas, agentes à paisana e sem distintivo.
A chegada dos militares foi considerada uma provocação também pela autarca de Los Angeles, Karen Bass, que negou que a cidade precisasse de ajuda militar, tal como o chefe da polícia de Los Angeles, Jim McDonnell.
Newsom recorreu à justiça para impedir a mobilização, e inicialmente um juiz do tribunal distrital deliberou que o Presidente agiu ilegalmente ao mobilizar a Guarda Nacional, mas um tribunal de recurso reverteu a decisão, estando caso ainda em julgamento.