A Região Autónoma da Madeira melhorou significativamente o seu lugar em dois de 4 indicadores no ranking das 26 sub-regiões de Portugal no mais recentre Índice Sintético de Desenvolvimento Regional, divulgado esta manhã pelo INE. Nomeadamente os Índices de Coesão e o Índice de Competitividade. Por outro lado, baixou no Índice de Qualidade Ambiental, precisamente aquele em que está melhor posicionado. Isto implica que, apesar de melhorar em dois dos 3 'sub-índices', o Índice Global da RAM manteve-se inalterado (10.º lugar em 26) face ao anterior estudo.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2023, "segundo o Índice Sintético de Desenvolvimento Regional, cinco das 26 sub-regiões NUTS III superavam a média nacional em termos de desenvolvimento regional global – a Grande Lisboa (107,77), a Área Metropolitana do Porto (103,33), a Região de Aveiro (101,51), a Região de Coimbra (100,97) e o Alto Minho (100,61)", sendo que a Madeira, com pontuação de 98,16 no Índice Global fica atrás do Cávado, da Região de Leiria, do Alentejo Central e da Península de Setúbal, mas à frente de 16 outras sub-regiões, incluindo os Açores, que ocupa a 24.ª posição.

No índice de Competitividade, "apenas três sub-regiões superavam a média nacional: a Grande Lisboa (116,30), com posição destacada, a Região de Aveiro (107,18) e a Área Metropolitana do Porto (106,60). A competitividade apresentava a maior disparidade regional entre as três dimensões de desenvolvimento regional", acrescenta o INE. A Madeira ocupa a 7.ª posição, com 95,52 pontos, ultrapassada pelas três referidas e pelo Alentejo Litoral, Cávado e Península de Setúbal. Aqui, além de ficar acima de outras 19 sub-regiões portuguesas, distancia-se dos Açores (24.º), a Madeira supera-se, subindo 6 lugares, passando de 13.º em 2021 (eram apenas 35 sub-regiões) para o referido 7.º lugar (em 26). Ou seja, tem o maior salto.

No índice de Coesão, "nove NUTS III, maioritariamente do Litoral do Continente, superavam a média nacional. Nesta dimensão destacavam-se a Grande Lisboa (108,84), a Região de Coimbra (106,09) e o Cávado (104,89) com os índices de coesão mais elevados". Aqui a Madeira dá também um grande salto, pois passou de 22.º para a actual 17.ª posição, subindo cinco posições, com 92,85 pontos, à frente do Algarve, Alto Alentejo, Tâmega e Sousa, Beira Baixa, Alto Tâmega e Barroso, Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, Douro e Açores, que ocupa a última posição.

Por fim, "com valores mais elevados do índice de qualidade ambiental salientavam-se sub-regiões do Interior do Continente e as Regiões Autónomas. A média nacional era superada por 14 sub-regiões NUTS III, verificando-se uma disparidade regional menor do que a observada para a competitividade e a coesão. Terras de Trás-os-Montes (112,68) era a sub-região com maior índice de qualidade ambiental", seguida dos Açores, do Alto Alentejo e da Madeira, com 106,67 pontos. Apesar de positivo, é de realçar que a Madeira é ultrapassada pelos Açores (4.º no anterior estudo) e pelo Alto Alentejo (7.ª antes), ocupando agora a 4.ª posição, quando antes estava em 2.º, logo atrás das Terras de Trás-os-Montes.