"Esperamos poder chegar a um meio-termo na defesa dos interesses de todas as nações", disse, confiando que serão tidos em conta os desafios dos "países com maior pressão" migratória, como Itália, face à possível assinatura de um acordo entre os 27 Estados-membros da UE.

"Se não abordarmos o tema da defesa das fronteiras externas, não estaremos a combater o tráfico de seres humanos", afirmou Meloni, depois de receber em Roma o chanceler alemão, Olaf Scholz, em visita oficial pela primeira vez a Itália desde que a extrema-direita governa o país.

Segundo a chefe do Governo italiano, é "muito mais difícil" a Europa ter uma política migratória "melhor do que a atual" sem a Itália e outros países que servem de fronteira externa à UE.

Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, a crise migratória só pode resolver-se com um plano de toda a UE.

"Todas as tentativas de deixar os problemas nas mãos dos outros ou apontar o dedo aos outros falharão", sustentou.

As declarações de Scholz e Meloni sobre a questão migratória surgem depois de as autoridades italianas terem apreendido recentemente dois navios de resgate de refugiados de organizações humanitárias alemãs.

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