Nove longos e penosos meses que nos fizeram conviver com uma face nunca antes encarada da globalização. Dir-se-ia que o mundo “fora de portas” não diferia muito do mundo no nosso país: confinado, receoso e a aprender a lidar com uma nova ameaça.

Pelas televisões iam passando os especialistas da epidemia e mais tarde , quando estes já não conseguiam trazer novidade, veio a epidemia de especialistas. Juntamente com alguns jornalistas , sobretudo televisivos, subitamente moralistas e paternais estes gurus insuflaram um conceito de “novo normal” a que nos teríamos de adaptar. Nada se demonstrou mais contraproducente: não há nenhuma “nova normalidade” num evento que queremos erradicar. Provavelmente, de forma apressada e ligeira, confundiu-se o que é vulgar ou corrente com o que é normal. Não é normal os avós não abraçarem os netos.

Não é normal o Papa assinalar a Páscoa sozinho na Praça de S.Pedro. Não é normal contar quantos são os que podem ir a um funeral. Não é normal a selecção nacional jogar em casa e um golo não ser festejado nas bancadas. Não é normal referenciar no tempo passado aquele em que “éramos felizes e não sabíamos” até porque se não o sabíamos não éramos verdadeiramente felizes.

Não há um “novo normal”: há sim o momento que todos desejamos em que vamos voltar de novo ao normal. Seja esse tempo qual for, ele será seguramente diferente do passado como seria mesmo se esta pandemia não tivesse vindo para encerrar, de vez, o século XX.

Se 2020 foi um ano ímpar, que 2021 seja um ano sem par!

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  • A liga portuguesa de futebol regressaou com jogos à porta fechada, após quase três meses de paragem devido à pandemia.
  • Milhares de pessoas marcaram presença em manifestações anti racistas em Lisboa e no Porto, no dia 6 de junho, na sequência do assassinato de George Floyd nos Estados Unidos da América.
  • O ministro das Finanças, Mário Centeno, apresentou a sua demissão do Governo com efeitos a partir de 15 de junho, sendo substituído no cargo pelo até então secretário de Estado do Orçamento, João Leão.
  • Os golfinhos voltaram a aparecer no rio Tejo, ao que tudo indica, devido à menor perturbação das águas e poluição provocadas pelas embarcações.
  • ator Pedro Lima morreu no dia 20 de junho numa enseada entre a fortaleza e a praia do Abano, no Guincho, por suicídio.
  • A Assembleia da República aprovou por unanimidade o projeto de resolução da deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, para homenagear simbolicamente Aristides de Sousa Mendes no Panteão Nacional, através de um túmulo sem corpo.

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