O projeto Advocare vai ter a duração de três anos e conta com um financiamento de cerca de 540 mil euros, dos quais 90% são mobilizados pela UE e 10% pela Associação Guineense de Reabilitação e Integração dos Cegos (AGRICE).

A AGRICE vai também coordenar a execução do projeto.

Entre as ações previstas, destaca-se a criação de um Centro de Recursos Educativos.

O centro vai funcionar como "infraestrutura de suporte às atividades de ensino e aprendizagem", de modo a permitir o acesso dos professores e alunos a novos "recursos e materiais didáticos", anunciou a UE.

As instituições educativas parceiras vão também "poder usufruir de partilha de recursos acrescidos para o ensino e aprendizagem".

Está igualmente prevista a criação de um conjunto de materiais para as necessidades educativas especiais e caixas de biblioteca para animação de leitura.

Em paralelo haverá iniciativas de formação com vista à promoção do direito à educação das crianças e jovens com deficiência, implicando a sensibilização, a informação e a formação de agentes da comunidade.

Estes agentes deverão depois tornar-se "veículos de promoção do ensino inclusivo e exercerem pressão sobre as escolas, os pais e as famílias das crianças com deficiência para a integração escolar", defende a UE.

Para além de crianças com deficiência, o projeto Advocare beneficiará 54 professores e agentes educativos, 143 agentes comunitários em Bissau, Bafatá e Gabú e 45 técnicos e dirigentes de ONG e de instituições de formação de professores.

O projeto conta também com a participação da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).

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