"Não houve decisão estratégica na PT em que não estivesse envolvido Ricardo Salgado", afirmou o responsável no decorrer da sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES.

Pacheco de Melo ilustrou com os seguintes casos: a venda da posição da PT na operadora brasileira Vivo à espanhola Telefónica, a oferta pública de aquisição (OPA) que a Sonae lançou sobre a PT, e o mais recente processo de fusão com a brasileira Oi.

Entre vários assuntos abordados ao longo das mais de quatro horas de audição, saltou à vista uma afirmação lançada pelo ex-administrador financeiro dar PT perante a insistência dos deputados sobre as razões da elevada exposição da operadora à dívida do Grupo Espírito Santo (GES).

Depois de já ter dito que os administradores da PT foram "enganados e defraudados" pelo Banco Espírito Santo (BES), Pacheco de Melo foi mais longe e usou a expressão "roubados", mostrando a sua indignação face ao investimento de quase 900 milhões de euros feito pela operadora em dívida de 'holdings' do GES, que não foi reembolsado e condicionou sobremaneira os termos da fusão com a brasileira Oi.

DN/PPF // JPS

Lusa/fim