No decreto 12/2015, divulgado pela Presidência durante a noite, José Mário Vaz refere que "a nomeação dos membros do Governo é uma competência partilhada entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, devendo refletir uma convergência que não foi possível na totalidade dos nomes propostos".

O chefe de Estado nomeou 15 ministros e 14 secretários de Estado, mas ficaram por designar os ministros da Administração Interna e Recursos Naturais, pastas que serão assumidas interinamente pelo primeiro-ministro. No decreto justifica-se que "o prolongamento das discussões tendentes a uma melhoria substantiva da proposta do elenco governamental não é compatível com a necessidade e urgência na nomeação do novo executivo".

"O benefício resultante dessas discussões é menor do que os prejuízos causados pela não nomeação do Governo", acrescenta.

O decreto nomeia os seguintes ministros para o Governo liderado por Carlos Correia:

- Malai Sane, ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares;

- Adiatu Nandigna, ministra da Defesa Nacional;

- Valentina Mendes, ministra da Mulher, Família e Coesão Social;

- Artur Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades;

- Geraldo Martins, ministro da Economia e Finanças;

- Vicente Fernandes, ministro do Comércio e Indústria;

- Agnelo Regala, ministro da Comunicação Social;

- Odete Semedo, ministra da Educação;

- João Aníbal Pereira, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural;

- Cadi Seidi, ministra da Saúde Pública;

- José António Almeida, ministro das Obras Públicas, Construção e Urbanismo;

- Aida Fernandes, ministro da Justiça;

- Wasna Papai Danfa, ministro da Energia;

- Luís Vaz Fernandes, ministro da Função Pública e Trabalho;

- Malam Jaura, ministro do Turismo e Artesanato;

Malam Sane, o número dois do novo Governo guineense, é um jurista formado em Portugal que já ocupou a mesma pasta nos anos 90, quando era Presidente Nino Vieira e quando Carlos Correia também era primeiro-ministro.

É quadro do Ministério das Pescas e um dos membros do gabinete jurídico do PAIGC, partido do Governo.

Artur Silva, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros, é também um quadro do Ministério das Pescas, mas que se destacou enquanto funcionário da diplomacia.

Foi diretor-geral da Cooperação Internacional durante vários anos, mais tarde ministro da Educação e era conselheiro diplomático do ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.

A nova ministra da Defesa guineense, Adiatu Nandigna, é a terceira mulher a liderar a pasta depois de Filomena Mascarenhas e Cadi Seidi.

Adiatu era conselheira político-diplomático do Presidente, José Mário Vaz.

Foi ministra da Juventude, Cultura e Desporto, mais tarde chefe da diplomacia e posteriormente foi ministra da Presidência do Conselho de Ministros até ao golpe militar de 12 de abril de 2012.

Foram nomeados como secretários de Estado:

- Conduto de Pina, secretário de Estado da Juventude, Cultura e Desportos;

- João Bernardo Vieira, secretário de Estado dos Transportes e Comunicações;

- Ildefonso de Barros, secretário de Estado das Pescas e Economia Marítima;

- Sana Nahada, secretário de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria;

- Seco Cassamá, secretário de Estado do Ambiente;

- Luís Manuel Cabral, secretário de Estado da Ordem Pública;

- Ester Fernandes, secretária de Estado da Administração do Poder Local;

- Suzi Barbosa, secretário de Estado da Cooperação Internacional e Comunidades;

- Degol Mendes, secretário de Estado do Plano e da Integração Regional;

- José Djo, secretário de Estado do Tesouro;

- Tomásia Manjuba, secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais;

- Fernando Jorge Dias, secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica;

- Martilene Fernandes dos Santos, secretário de Estado da Gestão Hospitalar;

- Abu Camara, secretário de Estado do Ordenamento do Território.

LFO/MB // ARA

Lusa/Fim