Aquele grupo etário - que a China coloca entre os 16 e 60 anos - perdeu 4,87 milhões de pessoas, para 911 milhões, ou 66,3% da população chinesa, indicou o Gabinete Nacional de Estatísticas.

Em 2011, o número de chineses em idade de poder trabalhar era de 941 milhões (69,8% da população).

"Esta queda afeta tudo, desde o mercado imobiliário e automóvel a questões mais abrangentes, como a inovação e indústrias criativas", disse ao jornal oficial China Daily o demógrafo chinês Liang Jianzhang.

Segundo Liang, foram as mudanças na estrutura etária do país que abriram caminho à abolição da política de "um casal, um filho", anunciada no ano passado por Pequim.

Na prática, o fim do rígido controlo da natalidade que durava desde 1980, passou a limitar o agregado chinês a duas crianças, mas o planeamento familiar continua a ser visto como um "interesse fundamental do Estado".

Já o movimento da população, um fenómeno que ocorre na China a um ritmo sem paralelo na História moderna devido à rápida industrialização do país, abrandou em 2015.

No total, 247 milhões de pessoas deslocaram-se do campo para a cidade, ou de uma cidade para outra, uma descida de 5,68 milhões, face a 2014.

A economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,9 % em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos, mas dentro da meta fixada pelo Governo - "cerca de 7%".

O setor dos serviços representou pela primeira vez mais de metade do PIB chinês, à frente da indústria e agricultura, ilustrando a transição económica preconizada pela liderança do país.

Com 1.374 milhões de habitantes - cerca de 18% da humanidade - a China é o país mais populoso do mundo.

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