Os chefes de Estado da região devem "tomar medidas" para "proibir todas as roupas que tornam impossível a identificação de uma pessoa", declarou o presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Kadré Desiré Ouédraogo, após uma cimeira de dois dias em Abuja, Nigéria.
O Chade já proibiu o uso do véu integral no seu território em junho passado, na sequência de um duplo atentado suicida em N'Djamena.
Os Camarões e o Níger também decretaram medidas similares em julho, mas só em algumas regiões atingidas por ataques suicidas.
Os países da África ocidental devem agir "em conformidade com a situação e o ambiente cultural" de cada Estado, precisou Ouédraogo.
O islamismo é a religião dominante em toda a região do Sahel, que atravessa toda a África ocidental.
O grupo radical islâmico Boko Haram recorre regularmente a mulheres, algumas vezes a adolescentes e a crianças, para cometer atentados suicidas.
Estes ataques atingem não só o norte da Nigéria (onde o grupo pretende criar um estado islâmico), mas também os países vizinhos como o Chade, o sudeste do Níger e o norte dos Camarões.
O mais recente ataque aconteceu na quarta-feira em Mafa, nordeste da Nigéria, onde quatro menores atacaram um posto de controlo.
Segundo um responsável local, as atacantes tinham idades compreendidas entre os nove e os 12 anos.
A CEDEAO integra 15 países da África ocidental: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
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