Questionada sobre as críticas da Renamo e do MDM, principais partidos de oposição em Moçambique, quanto à forma como a PGR tratou a questão da morte de Gilles Cistac, Beatriz Buchili garantiu que "há muitos avanços na investigação", recusando-se a avançar com mais informações por o processo estar em segredo de justiça.

A Renamo criticou a alegada leviandade com que a PGR tratou o homicídio de Gilles Cistac, que morreu a 03 de março no centro da capital, depois de ter sido atingido a tiro por desconhecidos, e o MDM considerou que há falta de informação sobre a morte do constitucionalista.

Sobre o caso da detenção de onze suspeitos, incluindo agentes policiais, de tráfico de cornos de rinoceronte e de marfim na Matola, a PGR moçambicana garantiu que estão a ser efetuados "os procedimentos processuais para a tramitação do processo", considerando que a preocupação, neste momento, centra-se na localização dos cornos, que continuam desaparecidos.

Uma operação realizada em março por vinte polícias e uma equipa do Ministério da Agricultura num condomínio na Matola, nos arredores da capital, culminou na descoberta de 340 pontas de marfim, num total de 1.160 quilos, e 65 cornos de rinoceronte, correspondentes a 124 quilos.

A 27 de maio, a Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou o desaparecimento de 12 dos 65 cornos de rinoceronte que tinham sido apreendidos na Matola.

Beatriz Buchili falava à agência Lusa à margem da visita ao Instituto Nacional de Medicina Legal, em Coimbra, encontrando-se em Portugal, a convite da procuradora-geral da República portuguesa, Joana Marques Vidal.

A visita de Beatriz Buchili a Portugal começou a 15 de junho e termina na sexta-feira, com uma audiência com a PGR portuguesa.

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