O presidente da Câmara do Comércio Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS) cabo-verdiana, Jorge Spencer Lima, responsabilizou terça-feira o Governo pela ausência de empresários na visita oficial à Guiné-Bissau.

Spencer Lima disse que o convite para a classe empresarial acompanhar José Maria Neves chegou "tarde de mais" e os empresários já não encontraram lugares vagos na companhia aérea TACV.

Em declarações aos jornalistas, à margem do Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), que decorre até sexta-feira na Cidade da Praia, José Maria Neves disse que não ouviu as acusações do presidente da CCISS e recordou que os empresários foram convidados desde o primeiro momento e que a visita deveria ser realizada em junho, mas não se realizou por razões de agenda do primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira.

"Desde que conseguimos fixar a nova data os empresários foram avisados e fizemos todos os esforços para que pudessem viajar. Acho que fizeram as reservas tardiamente e não conseguiram lugares nos voos da TACV", salientou o chefe do Governo, indicando que ainda se tentou que a TACV pusesse um Boeing, mas já não havia disponibilidade.

"Tentamos a Air Maroc, mas também os custos eram elevadíssimos para os empresários, tentamos Air Senegal, não foi possível. Nós fizemos absolutamente tudo e neste momento o que nós queremos é o desenvolvimento e internacionalização das empresas", recomendou.

Em relação à visita oficial à Guiné-Bissau, José Maria Neves disse que vai com "expectativa elevada", e um dos pontos será agradecer ao povo da Guiné Bissau pelo seu "extraordinário contributo" pela independência de Cabo Verde, cujas celebrações dos 40 anos aconteceram no passado dia 05.

"Será uma visita com vertente governamental e cultural e iremos trabalhar para reforçar as relações de cooperação, desde logo no domínio da governação eletrónica, do turismo, reforma do estado, agricultura, pecuária, comercio e industria e também criaremos as pontes para reforçar as relações económicas e empresarias entre os dois países", indicou, dizendo que serão assinados vários acordos sobretudo para viabilizar a cooperação económica e empresarial.

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