"Estamos à espera de uma proposta, precisamente durante estes dias, para podermos analisar e reagir", disse Paulo Macedo aos jornalistas à margem de uma visita às Urgências do Hospital de Faro, sublinhando que, com as condições iniciais, os preços eram "totalmente incomportáveis" e "não valia a pena sequer estar a negociar".

De acordo com uma notícia publicada hoje pelo Jornal de Notícias (JN), os cinco maiores hospitais do país vão interpor uma providência cautelar contra a empresa que vende o medicamento Sofosbuvir, por "abuso de posição dominante", e pretendem também fazer uma queixa na Autoridade da Concorrência.

Falando à margem de uma visita às Urgências da unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), o ministro da Saúde frisou que, de acordo com as propostas apresentadas, "não era aceitável" ter a comparticipação do medicamento de uma forma "aberta e ampla", como o ministério pretende.

"Esta questão dos hospitais [providência cautelar] é também no sentido de termos aqui uma solução negocial, ou temos que ir para os tribunais", afirmou, acrescentando que o ministério e os hospitais não têm "todo o tempo do mundo" para chegar a um acordo.

Relativamente à demissão de sete chefes das Urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, Paulo Macedo disse que estão em curso "um conjunto de medidas" que espera que dêem "mais segurança às equipas, aos pacientes e à qualidade dos serviços prestados".

O ministro da Saúde aproveitou a ocasião para lembrar que o Governo investiu, nos últimos três anos e meio, 160 milhões de euros no Centro Hospitalar do Algarve (CHA), o que permitiu uma transformação estrutural das Urgências no Hospital de Faro.

Questionado sobre a falta de médicos no Algarve, o governante sublinhou que serão atribuídas compensações monetárias e um tratamento fiscal mais favorável aos médicos que queiram fixar-se no interior e na região algarvia.

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