"Se virmos nos próximos meses que não estamos a fazer progressos, claro que consideraria recorrer a soldados" no Iraque, indicou Odierno na sua última conferência de imprensa no Pentágono antes de se retirar após 39 anos nas Forças Armadas.

O militar sublinhou que "será uma opção a apresentar ao Presidente" norte-americano, Barack Obama.

Obama sempre se declarou contrário ao envio de tropas norte-americanos para o terreno no Iraque.

O movimento radical Estado Islâmico (EI) controla amplas zonas do território no Iraque e na Síria, país onde tem o seu quartel-general.

Em relação à Síria, no entanto, Odierno assinalou que evitaria recomendar o envio de tropas para o terreno, considerando que a situação "é diferente".

Reiterou que a solução para o problema do EI está "na região" e que os Estados Unidos, por si só, "não poderão resolvê-lo".

Odierno disse ainda que, na sua opinião, a maior ameaça para os Estados Unidos não está no Médio Oriente, mas na Rússia.

"Creio que a Rússia é mais perigosa", declarou, argumentando que "está mais desenvolvida que alguns dos potenciais adversários" dos Estados Unidos e que "expressou propósitos" que o preocupam.

"Na minha opinião, devíamos prestar-lhe muita atenção (à Rússia)", disse ainda.

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