Um estudo divulgado pelo diretor da Empresa de Agua e Eletricidade (EMAE), Mário Sousa, aponta para cerca de 70% a percentagem de são-tomenses que têm tem acesso a água potável.

O número "pode ser de pessoas com acesso a água canalizada e não potável, que é coisa muito diferente", alertaram, no entanto, fontes de organizações não-governamentais (ONG) sedeadas em São Tomé e ligadas à Saúde.

No dia em que se comemora o Dia Mundial da Água, as autoridades são-tomenses garantem que existem recursos hídricos abundantes no arquipélago, mas que a água potável só chegará a 90% da população em 2030.

"São Tomé tem recursos hídricos suficientes que podem abastecer a população, mas é necessário investimento para a sua canalização, tratamento e distribuição", disse o diretor dos recursos hídricos, Gilmar Ramos.

O Governo local defende ainda a necessidade de uma maior racionalização.

"É preciso que a população interiorize que é necessário racionalizar a água. Não se pode utilizar água tratada para lavar carros, lavar calçadas. Os bombeiros usam água potável para apagar incêndios. A água potável deve ser exclusivamente para consumo humano", sublinha o diretor da EMAE.

O responsável lamentou também as perdas que registam a partir das condutas de abastecimento, sublinhando que as infraestruturas "já datam da era colonial", pelo que "há toda uma necessidade de refazê-las".

MYB // PMC

Lusa/Fim