A parlamentar portuguesa visitou Bissau a convite de uma organização não-governamental que atua nas áreas sociais, nomeadamente na formação e sensibilização sobre os malefícios de algumas práticas ancestrais.

"Volto [para Portugal] com mais informações sobre a problemática [da Mutilação Genital Feminina (MGF)]", afirmou Mónica Ferro que hoje assistiu a uma sessão de apresentação dos ganhos já alcançados, estratégias e perspetivas do combate ao fenómeno por um membro do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas.

Quite Djata, uma das ativistas do comité guineense, realçou várias iniciativas, nomeadamente a formação de 632 líderes comunitários em 2014 em 24 comunidades de duas regiões onde a mutilação é mais frequente.

Mónica Ferro destacou com particular agrado o facto de estas e outras ações terem sido desenvolvidas com fundos disponibilizados pela União Europeia e pelo Instituto Camões.

"Fico feliz em constatar que Portugal, não obstante as dificuldades, mantém os apoios ao combate à Mutilação Genital", uma prática que viola os Direitos Humanos em qualquer parte do mundo, notou a deputada portuguesa.

Mónica Ferro disse partir da Guiné-Bissau com a convicção de que "a Mutilação Genital Feminina tem os dias contados" no país, pelo conhecimento e estratégias de combate encetados pelas autoridades e organizações de defesa dos Direitos Humanos.

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