"Estamos a ter uma quebra enorme da colheita de todos os produtos. Até mesmo da cana de açúcar, que é bastante insensível ao regime de chuvas. Isso vai resultar no aumento de preços", disse Graziano na entrevista, divulgada hoje.

A oscilação de preços resulta do impacto das mudanças climáticas e da seca, que estão a gerar uma irregularidade na produção.

Graziano defende que o Brasil amplie os seus excedengtes e dê prioridade a alimentos mais resistentes à seca.

No passado dia 23 de janeiro, a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixera, qualificou de "sensível" e "preocupante" a situação de escassez de água que atravessa o sudeste país e pediu aos cidadãos para pouparem recursos hídricos e energéticos.

"O que está a acontecer no sudeste é totalmente atípico. (Os níveis dos reservatórios) estão abaixo dos do ano passado e dos registados desde a década de 1930", afirmou a ministra numa conferência de imprensa em Brasília.

A titular da pasta do Meio Ambiente fez aquelas afirmações numa reunião com representantes de sete ministérios para analisar a situação energética e hídrica do sudeste do país, onde os reservatórios se encontram nos níveis mínimos devido à fraca pluviosidade.

"Estamos a acompanhar e monitorizar. Temos um problema sensível, complexo, e necessitamos da colaboração de todos. Todos têm de poupar água, poupar energia", disse.

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