Em declarações aos jornalistas, o presidente da Galp anunciou hoje que o consórcio, liderado pela italiana Eni, arrancará com a perfuração do 'deep off shore' (alto mar) português "no final deste ano ou no início do próximo", realçando que a probabilidade de sucesso é "inferior a 20%".

"Vamos ver se a natureza nos ajuda", lançou Ferreira de Oliveira, à margem do dia do investidor, altura em que a petrolífera revelou os planos estratégicos para os próximos cinco anos.

A italiana Eni detém uma participação maioritária de 70% na parceria com a Galp para a prospeção de petróleo na costa alentejana, que representará um investimento acima de 100 milhões de dólares.

O gestor realçou que a Galp Energia participa em mais de meia centena de consórcios, mas em todos eles tem uma participação máxima de 20%, adiantando que o caso português "é um bocado ambicioso".

Ainda assim, mesmo com ajuda da natureza, Ferreira de Oliveira lembrou que só "em meados da década de 20 seria possível ter produção de petróleo em Portugal".

A petrolífera anunciou em dezembro a parceria com a Eni para este projeto.

JNM // MSF

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