De acordo o porta-voz da Autoridade Marítima, Nuno Leitão, ao início da madrugada de sábado vão decorrer trabalhos para "tentar levar [o arrastão] mais para o interior da bacia de manobra do porto da Figueira da Foz", junto à praia do Cabedelinho, entre os molhes sul e interior sul do rio, para possibilitar uma maior "janela de oportunidade" de buscas aos mergulhadores da Armada e colocar a embarcação "fora da ação das correntes".

Os mergulhadores irão assim vistoriar uma parte do navio que ainda não foi analisada, embora Nuno Leitão reafirme que "não é uma certeza" que o corpo do pescador que falta recuperar esteja no interior do arrastão naufragado.

Sábado chegará ainda à Figueira da Foz um sonar do Instituto Hidrográfico, que, de acordo com o porta-voz da Autoridade Marítima, possibilita um "varrimento lateral" de 40 metros para cada lado do fundo do rio Mondego.

"Possibilita uma radiografia do fundo, detetando todas as irregularidades", frisou aquele responsável, adiantando que a utilização daquele equipamento poderá servir para detetar o corpo do pescador ainda desaparecido ou outros objetos no canal de navegação, como artes de pesca ou uma parte da ré do arrastão que se partiu.

Cerca das 19:30 de hoje foi encontrado, no interior do arrastão, o corpo de um dos pescadores que ainda estava desaparecido. Residente na Praia de Mira, o homem, de 44 anos, era o cozinheiro da embarcação.

Na terça-feira tinha já sido encontrado um corpo e na quinta-feira mais dois. Dois outros pescadores foram resgatados vivos na terça-feira, dia do naufrágio.

No arrastão Olívia Ribau naufragado na terça-feira passada, cerca das 19:15, à entrada do porto da Figueira da Foz, seguiam sete pescadores.

JLS // ARA

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