De acordo com a agência EuropaPress, entre os manifestantes detidos está a ativista sueca Greta Thunberg.

Os protestos estão a decorrer desde hoje à tarde no exterior do edifício onde às 20:00 de Lisboa teve início a final do festival, na qual competem 25 países, entre os quais Israel.

Os manifestantes concentraram-se na entrada da Malmö Arena, condicionando a entrada do público, a quem dirigiram palavras como "Que vergonha!".

O protesto de hoje, que começou na praça de Stortorget, foi convocado pela plataforma Parem Israel, pela paz e por Palestina livre, que agrupa mais de 60 organizações.

Já na quinta-feira milhares de pessoas tinham percorrido as ruas de Malmö a pedir a expulsão de Israel do concurso, numa manifestação convocada pela Parem Israel.

A 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção está a ficar marcada pelo conflito israelo-palestiniano, que dura há décadas, mas intensificou-se após um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel, em 07 de outubro, que causou quase 1.200 mortos, com o país liderado por Benjamin Netanyahu a responder com uma ofensiva que provocou mais de 34 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo balanços das duas partes.

Desde que se soube que Israel iria participar no concurso, representado por Eden Golan, vários apelos foram feitos por representantes políticos e artistas europeus à EBU para que a participação do país no concurso fosse vetada.

Israel, que é um dos 25 países que está a disputar hoje a final da Eurovisão, foi o primeiro país não europeu a poder participar no concurso de música, em 1973, e ganhou quatro vezes, incluindo com a cantora transgénero Dana International, em 1998.

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