Sara Gligo, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) explicou, em declarações à agência Lusa, que a marcação da paralisação surge depois de a empresa ter aplicado um aumento salarial de 5,89% e um novo subsídio de refeição, de 6,78 euros.

O aumento ocorreu depois de os trabalhadores terem rejeitado em plenário, em 15 de abril, o valor proposto pela empresa - um mínimo de 60 euros - e uma subida do subsídio de refeição para 7,30 euros, pagos em cartão de refeição.

Os trabalhadores reclamavam já o aumento de 80 euros no vencimento e um subsídio de refeição de 10 euros em numerário, e anunciaram, na altura, que estavam dispostos a avançar para uma greve.

Segundo Sara Gligo, o sindicato informou a transportadora sobre a rejeição aprovada em plenário, procurando assim chegar a um valor de equilíbrio entre as duas partes.

Contudo, dois dias depois, adiantou a dirigente sindical, a empresa divulgou uma informação referindo que iria aplicar um aumento de 5,89%, "o que para alguns trabalhadores não representa mais 60 euros no vencimento", e um subsídio de refeição no valor de 6,78 euros em dinheiro.

Na quinta-feira os trabalhadores em greve estarão reunidos em plenário a partir das 10:30 nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas.

A agência Lusa questionou a empresa sobre o assunto, tendo a transportadora referido que nada tem a acrescentar.

A TST serve os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, no distrito de Setúbal, e, segundo a dirigente sindical, tem um total de 900 trabalhadores.

GC // ROC

Lusa/Fim