Segundo aquela agência de notícias francesa, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, minimizou a ajuda norte-america a Kiev e acusou os Estados Unidos de se estarem a envolver no conflito.

O Departamento de Estado norte-americano anunciou na quarta-feira que os Estados Unidos tinham enviado mísseis ATACMS para a Ucrânia em fevereiro "a pedido direto do Presidente" Joe Biden.

Mas segundo Peskok "isto não vai alterar o resultado da operação militar especial", o eufemismo utilizado pelo Kremlin para se referir ao ataque russo à Ucrânia lançado há mais de dois anos.

Os mísseis recentemente enviados para o exército ucraniano têm um alcance superior a 300 km. Respondem a uma exigência de longa data da Ucrânia de poder atacar, muito para além da linha da frente, as rotas de abastecimento, os armazéns e os quartéis-generais militares russos.

"Os Estados Unidos estão diretamente envolvidos neste conflito e tomaram um caminho que visa aumentar o alcance dos sistemas de armamento", disse o porta-voz do Kremlin, citado pela AFP, em declarações a jornalistas.

JCR // PSC

Lusa/Fim