Quase totalmente cercada pelos rebeldes do M23 (Movimento 23 de março), apoiados por unidades do exército ruandês, a capital da província de Kivu do Norte tem registado um aumento de atos criminosos atribuídos a milicianos e soldados.

Para tentar contrariar a rebelião, o exército congolês recorreu a grupos armados conhecidos como "wazalendo" (patriotas), alguns dos quais foram acusados, nas últimas semanas, de causar estragos em Goma, uma cidade com mais de um milhão de habitantes e várias centenas de milhares de deslocados.

Denunciando esta situação de "insegurança crescente", um "coletivo de movimentos de cidadãos e de grupos de pressão do Kivu do Norte" convocou uma manifestação em Goma para a manhã de hoje.

As suas reivindicações incluíam a saída do presidente da câmara, acusado de não ter conseguido "proteger a cidade", a "desmilitarização" da cidade e a libertação de um dos seus camaradas detido.

A marcha foi impedida pela polícia que, segundo o coletivo, prendeu 11 manifestantes, que continuavam detidos hoje à noite.

"Exigimos a sua libertação incondicional e imediata", escreveu o coletivo num comunicado de imprensa, reiterando o seu apelo à "saída do presidente da câmara".

A 12 de abril, as autoridades decidiram que os milicianos "patrióticos" deixariam de ser autorizados a andar armados em Goma. Anunciaram igualmente que as patrulhas conjuntas da polícia e do exército seriam responsáveis por garantir a segurança dos residentes locais.

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