A construção destas novas pontes foi alvo de um memorando de entendimento assinado na sexta-feira no Calai, Cuando Cubango, no sul de Angola, entre os dois governos, sendo este um dos municípios que vai contar com uma das travessias.

Segundo a imprensa local, com a assinatura deste acordo, que não estipula datas para a concretização das obras, serão as autoridades da região a coordenar os trabalhos, desconhecendo-se ainda o montante que será investido nestas empreitadas.

Entretanto, uma outra ponte sobre o rio Cubango (ou Okavango), ligando entre Calai (Angola) e Rundu (Namíbia), já está em funcionamento, numa extensão total de 250 metros.

Financiada totalmente pelo Governo angolano, esta obra chegou a ser suspensa durante quatro meses devido à contestação da população namibiana, que alegava problemas decorrentes da sua pouca altura, o que dificultaria a passagem de hipopótamos ou de barcos de maior envergadura.

Os dois governos têm assumido o objetivo de reforçar as trocas comerciais e as relações económicas entre estas regiões fronteiriças, facilitando também a mobilidade das populações.

Nesse sentido, os bancos centrais dos dois países assinaram a 22 de setembro um acordo prevendo que o kwanza angolano e o dólar namibiano passem a ser aceites em operações comerciais nas localidades fronteiriças.

Ambos os países partilham uma fronteira de mais de 1.300 quilómetros e este entendimento estabelece ainda as regras de circulação e aceitação de moeda emitida por cada um dos bancos centrais, a adoção de taxas de câmbio de referência, os termos de repatriamento da moeda do país contraparte e a modalidade de compensação líquida entre as moedas.

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