MAPFRE aposta na investigação para prevenir sinistros e criar produtos

  • Francisca Pinto Goncalves
  • 9 Maio 2024

Uma vez desenvolvido um novo seguro, em alguns casos é lançado de imediato, noutros casos aguardam por não haver volume de mercado que o justifique.

Os motociclistas que utilizam airbag nas suas deslocações reduzem até 22% a probabilidade de sofrerem ferimentos graves, revela o estudo “Ergonomia e sensações no uso de um airbag de motociclista”, lançado pela Fundação MAPFRE.

Jesús Monclús, diretor de Prevenção e Segurança Rodoviária, Fundação MAPFRE, considera fundamental “melhorar a informação (quanto ao airbag para motociclistas), tanto para amadores como para profissionais que utilizam a mota como ferramenta de trabalho e como meio de deslocação para o trabalho. As empresas devem considerá-la como um equipamento de proteção individual para os seus trabalhadores.”.

No âmbito do estudo, realizou-se um teste de colisão de uma moto a 40 km/h contra um carro, com o motociclista e passageiro a utilizar airbags. A colisão foi testada no CESVIMAP – Centro de Experimentação e Segurança Viária da MAPFRE – centro tecnológico do grupo MAPFRE que investiga acidentes rodoviários e a criação de processos de reparação de automóveis mais eficientes, procurando reduzir os seus custos e focando-se na prevenção de sinistros, fornecendo ferramentas para a seguradora criar novos produtos.

O teste revelou que os airbags foram acionados corretamente, protegendo o peito, coxas, cóccix, nuca e pescoço do manequim, num teste que utilizou a velocidade que provoca 60% dos sinistros, segundo estudos internacionais, citados pela MAPFRE.

O estudo conclui haver um certo desconhecimento dos inquiridos sobre as características e aplicações deste sistema de segurança. “É fundamental melhorar a informação, tanto para amadores como para profissionais que utilizam a mota como ferramenta de trabalho e como meio de deslocação para o trabalho. As empresas devem considerá-la como um equipamento de proteção individual para os seus trabalhadores.”, disse Jesús Monclús, diretor de Prevenção e Segurança Rodoviária, Fundação MAPFRE.

Outra conclusão foi que a maioria dos inquiridos (93%) recomendaria o airbag a outros condutores deste veículo e também que 6 em cada 10 tem maior sensação de segurança (66%), sobretudo os maiores de 50 anos (70%) e usuários de megascooter (86%), isto é, motociclos com maior cilindrada e desempenho do que uma de 125 cc.

Jesús Monclús referiu ainda que 23% dos passageiros vão pior equipados que os condutores, especialmente os ocasionais e os que conduzem na cidade.

Para chegar às conclusões do estudo realizaram-se provas dinâmicas a 83 motociclistas voluntários, equipados com um airbag da Aspar Air proporcionado pelo centro, com um custo de 270 euros, e que o utilizaram nas suas deslocações, em qualquer tipo de moto sob diferentes condições meteorológicas.

CESVIMAP fonte para criar novos produtos de seguro

A partir das investigações feitas no CESVIMAP a seguradora MAPFRE desenvolve novos produtos de seguros, como, por exemplo, o seguro específico para veículos elétricos, seguro para trotinetes elétrica, disse José Maria Cancer Aboitiz, General Manager da CESVIMAP ao ECOseguros após a demonstração do crash test.

José Maria Cancer Aboitiz, General Manager da CESVIMAP, explica a complementaridade do CESVIMAP e a seguradora Mapfre, sendo o primeiro uma das formas para a empresa de seguros desenvolver novos produtos para veículos.

Ainda que “normalmente tudo o que põe em marcha em Espanha, passa de maneira natural para Portugal”, referiu Jose Aboitiz, os produtos mencionados ainda não estão disponíveis no mercado nacional, verificou o ECOseguros. Trazer estes produtos “é uma decisão que depende da direção comercial de cada país”, bastante influenciada pelo volume de mercado para cada um dos produtos.

Há, no entanto, casos em que um produto da MAPFRE estreia-se noutros países e não em Espanha. Como é o caso do seguro para veículos elétricos que foi lançado em primeiro lugar na Alemanha, meio de locomoção muito mais utilizado pelos alemães que pelos espanhóis.

Aliás, é muitas vezes com base na previsão de tendências do mercado que as investigações no centro começam. Uma vez finalizadas, “em alguns casos, o produto é lançado imediatamente, noutros casos esperamos por não haver público suficiente, ainda que já tenhamos investigado e tenhamos o conhecimento”, explica.

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