Costa considera deslocação ao leste da Europa positiva para reforçar o papel de Portugal na NATO e na guerra

O primeiro-ministro voltou hoje a Lisboa, depois de ter visitado Roménia, Polónia e Ucrânia, onde deu passos importantes para o apoio dos países afetados pela guerra, sobretudo para a Ucrânia. 

O primeiro-ministro regressou a Lisboa, esta manhã de domingo, depois da deslocação aos três países do leste da Europa – Roménia, Polónia e Ucrânia – e concluiu que as suas visitas contribuíram para reforçar o papel de Portugal na NATO, no acolhimento de refugiados e no apoio a Kiev na luta pela paz e reconstrução do país.

"Concluída a viagem de trabalho à Roménia, Polónia e Ucrânia. Portugal contribui para o reforço da fronteira Leste da NATO", escreveu António Costa na sua conta do Twitter, onde fez um pequeno resumo das suas visitas.

Na ótica de Costa, Portugal "é solidário com a Polónia no seu apoio aos refugiados; apoia a Ucrânia na sua luta pela paz e na preparação do seu esforço de reconstrução".

Na quarta-feira à noite e na quinta-feira de manhã, o primeiro-ministro reuniu-se com o seu homólogo romeno, Nicolae Ciuca, que permitiu assinar um acordo bilateral para renovar e aprofundar a cooperação militar iniciada em 1995.

Antes de partir para Varsóvia, Costa, na tarde de quinta-feira, visitou o contingente português de 221 militares que estão em missão da NATO no sul da Roménia, onde jantou com alguns dos principais investidores nacionais no mercado polaco.

Na sexta-feira, esteve reunido com o homólogo polaco, Mateusz Morawiecki, em Varsóvia, onde confirmou a transferência de 50 milhões de euros para a Polónia em bens para apoiar este país no acolhimento de refugiados ucranianos, e ainda visitou um centro de encaminhamento de refugiados no Estádio Nacional de Varsóvia.

Sábado de manhã, o chefe do Governo português chegou de comboio a Kiev, onde foi recebido pelo Presidente Volodymyr Zelensky, encontro que durou cerca de uma hora. Após a reunião, Costa anunciou na conferência de imprensa que Portugal irá dar apoio técnico à Ucrânia para auxiliar o processo de candidatura deste país à União Europeia.

O primeiro-ministro também demonstrou a disponibilidade de Portugal em apoiar o país invadido na reconstrução de escolas e de jardins de infância, ou, em alternativa, através do "patrocínio" para reconstrução de uma zona específica do território a indicar pelas autoridades de Kiev.

Depois deslocou-se a Irpin, uma cidade nos arredores de Kiev que está muito destruída pelos bombardeamentos do exército russo.

Já durante a tarde de sábado, após uma reunião com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, Costa anunciou que Portugal irá conceder um apoio financeiro de 250 milhões de euros à Ucrânia.

Antes de voltar a Lisboa, na embaixada de Portugal em Kiev, António Costa adiantou aos jornalistas que Volodymyr Zelensky convidou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para visitar a Ucrânia.