Falta de rigor das autoridades de saúde pública do Alentejo colocou concelho de Mora com medidas mais restritivas que as necessárias

25 Novembro 2020, 21:00 Não Por João Dinis

O Presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão Matos, mostrou-se esta quarta-feira indignado com as Autoridades de Saúde Pública do Alentejo, pois segundo o autarca, o facto de não conseguirem dar resposta ao reporte de dados da pandemia, colocou o concelho de Mora com risco muito elevado de transmissão da Covid-19, com medidas mais restritivas para os munícipes, comércio e restauração, que o que realmente acontece no concelho.

Segundo o Presidente, além dos casos afectos ao lar, existem na comunidade propriamente dita cerca de uma dúzia de casos, o que faria com que o concelho ficasse fora dos concelhos de risco elevado, e com as medidas menos penalizadoras para a comunidade, sobretudo para o comércio do concelho, que vê assim ainda mais agravada a crise provocada pela pandemia.

Luís Simão Matos esclarece ao Notícias do Sorraia que já alertou as autoridades, nomeadamente o Secretário de Estado Jorge Seguro Sanches, responsável por gerir a situação da pandemia no Alentejo, que lhe referiu que a Direcção Geral de Saúde poderá ter colocado os casos afectos ao surto do Lar de Cabeção como casos da comunidade, por estes eventualmente continuarem a ter as suas moradas de residência, o que acabou por agravar a situação.

Deste modo, o autarca irá tentar ainda assim sensibilizar as autoridades de saúde, inclusive o Primeiro-ministro, para que revejam quanto antes a situação, de modo a que possam reverter o estado de emergência decretado para o concelho, facto que continua a ser agravado pela falta de informação prestada às autarquias por parte da ARS Alentejo, que está há quase duas semanas sem reportar dados com grande parte das autarquias, valendo-lhes muitas vezes a proximidade com as populações, para terem conhecimento dos casos ou das necessidades de casa munícipe ou família afectadas pela pandemia.

O autarca lamenta a situação, que não só prima os munícipes da sua liberdade, como prejudica o comércio e restauração do concelho.

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